Um mês depois de assumir o comando do Vasco da Gama, Ricardo Sá Pinto concedeu longa entrevista ao programa Esporte Espetacular do Globo, na qual falou sobre o encanto que sentiu com essa experiência no Brasil.
«Sou um grande fã do Brasil, há cariocas na minha família, conheço quase todo o Brasil, desses lugares mais conhecidos, obviamente turísticos. E eu realmente gosto de vir aqui. É minha primeira experiência de morar aqui, me sinto muito adaptada, mas ainda não tive tempo de visitar a cidade. Ainda não tenho casa, não tenho carro, só preciso ter, e não tinha, é tempo. Eu ainda moro em um hotel. Mas estou totalmente adaptado ao Brasileirão, ao que o jogo envolve, ao calendário, às exigências e ao dia a dia de como é viver aqui », disse o treinador português, também ciente dos perigos da cidade :
«Sei que tenho que ter cuidado, não só em termos de Covid-19, mas também em termos de segurança. Estivemos treinando por alguns dias e houve alguns tiros e intervenções policiais ao redor do Centro de Treinamento. Em algum momento, pode haver balas perdidas e tivemos que ter cuidado. Tivemos que seguir o outro caminho por motivos de segurança. Mas nunca nos sentimos inseguros porque a intervenção policial foi boa, não teve nada de especial. Tudo estava bem entre nós. ”
«O Rio é uma cidade maravilhosa. Não me senti inseguro em nenhum momento, mas fico triste com isso, pois mancha o turismo. Faz mal para todos, principalmente com a economia como está », continuou Sá Pinto, sublinhando ainda a vontade de continuar o seu trabalho:
«É evidente que o interesse é continuar. Sinto-me muito bem no clube e neste momento a minha preocupação não é o futuro, é o imediato. É querer ajudar o Vasco a sair de uma situação incômoda, fazer um campeonato tranquilo, tentar ir o melhor possível no Brasileirão em termos de classificação e o mais longe possível no sul-americano. É claro que a maior preocupação é o Brasileirão pela competitividade que existe. Estão lá muitos times bons, como o Botafogo, que são fortes. Vai ser uma luta muito dura. »