A casa no interior de São Paulo é a “casa mal assombrada” do Loire do Banheiro – 04/04/2020

Em Guaratingueta, no Vale do Paraíba, a Escola Estadual Conselheiro Rodrigues Alves é uma das maiores – e provavelmente a mais bonita – estrutura arquitetônica da cidade, que foi um dos principais municípios produtores de café do estado de São Paulo.

No entanto, antes de se tornar um dos principais edifícios educacionais, abrigava o visconde Guaratinguetá e sua filha Maria Augusta, que se tornaram conhecidas pelo público como a “loira no banheiro”. Dentro da casa – que tem grandes janelas e é cercada por uma parede de cercas de metal estilizadas – surgiu uma das principais lendas do Brasil.

Desde 1985, o local é declarado monumento estadual de valor histórico e arquitetônico para fins de preservação e preservação, como resultado do estilo que marcou os edifícios no século XX.

Ilustração do edifício, criada por Tom Maia

Imagem: Tom Maia

Diz a lenda que Maria Augusta Oliveira ainda podia ser vista no prédio por alunos e professores da escola que trabalhava no prédio atual, que antes era uma área de urbanização que fazia parte da fazenda de um dos homens mais poderosos de Guaratinguetá.

Estaleiro Guaratinguetá - Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística - Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística

A bela cidade de Guaratinguetá, localizada no coração da cidade, no interior de São Paulo

Imagem: Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística

A origem da lenda

Em 1880, o Sr. Guaratinguetá obrigou a filha, de 14 anos, a se casar com um homem mais velho e influente da cidade, o vereador Dutra Rodrigues, 21 anos mais velho.

Logo após o casamento, ele vendeu suas jóias e fugiu para Paris em 1884, aos 18 anos. Na Europa, ele usou sua riqueza para assistir a bailes na alta sociedade.

Maria Augusta morreu aos 26 anos, em 1891, quando a atual faculdade ainda era uma casa de veraneio no interior de São Paulo. O corpo da garota não voltou ao Brasil de barco até sua morte.

O caixão que carregava o corpo foi quebrado por ladrões que queriam as pedras preciosas próximas ao corpo. Nesse procedimento, a certidão de óbito morreu e, portanto, sua morte é um segredo até hoje.

Na época, segundo a lenda, um dos funcionários da dona de casa em Guaratingueta disse que viu um espelho no local assim que a jovem morreu em Paris.

Retorno de Maria Augusta à mansão

Segundo o professor e historiador Carlos Eugêni Marcondes de Mour, primo distante de Maria Augusta, assim que o corpo chegou à cidade, “foi um evento” e a estação estava cheia de pessoas curiosas.

Maria Augusta - Museu Rodrigues Alves Conselheiro - Museu Rodrigues Alves Conselheiro

Imagem de Maria Augusta de Oliveira

Foto: Museu Conselheiro Rodrigues Alves

Enquanto o mausoléu foi construído especialmente para ela no Cemitério dos Passos – até hoje considerado um dos lugares mais visitados e até o “ponto turístico” de Guaratinguetá, na fundo história e a beleza dos detalhes – Maria colocou seu corpo dentro da cúpula de vidro na sala de estar da vila onde ela morava.

Uma grinalda de flores douradas e mechas de cabelo de mulher morta, velas e cortinas pretas foram colocadas em todas as janelas.

Fogo na mansão

Fachada da escola - Reprodução - Reprodução

A fachada da escola após o incêndio de 1916

Imagem: Reprodução

Em 1902, a mansão tornou-se sede da Escola Estadual Conselheiro Rodrigues Alves e, 14 anos depois, o palácio foi tomado por um “fogo misterioso”.

Alguns dizem que o espírito de “Loirinha no banheiro” seria responsável. Isso ocorre porque uma das hipóteses é que ela morreu de raiva, uma doença que estava presente na Europa no momento de sua morte, e a desidratação é um dos principais sintomas.

Segundo testemunhos da época, as pessoas que tentaram apagar o fogo ouviram o piano tocando no castelo – um instrumento musical tocado por Maria Augusta, e ainda hoje está no anfiteatro da escola.

Banheiros no castelo

A história passou por adaptações ao longo dos anos, endossando referências à lenda americana Bloody Mary (“Bloody Mary”, em tradução livre).

Os alunos da Escola Estadual Conselheiro Rodrigues Alves acreditam em várias teorias a serem convidadas para os banheiros.

Um seria pegar o cabelo loiro e jogá-lo no banheiro, enxaguando três vezes. Outra seria chamá-la três vezes na frente do espelho do banheiro da casa, bater a porta do banheiro, dizer palavrões, chutar o vaso sanitário e dar descarga.

FONTES: Observatório Guaratinguetá de Políticas Públicas e dissertação de mestrado “História e Memória na Escola Complementar de Guaratinguetá”, de Deborah Maria Nogueira Carbage.

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