A polícia está investigando se a comida na qual os sem-teto foram mortos na grande São Paulo foi envenenada em um posto de gasolina em 24 de julho de 2020. – São Paulo

A polícia está investigando se as lancheiras entregues aos desabrigados em Itapevi (Grande SP) foram envenenadas em um posto de gasolina com deficiência, onde duas vítimas comeram alimentos doados na terça-feira à noite (21).

Essa é uma das três linhas de investigação seguidas pela Polícia Civil da cidade. Até agora, o caso foi registrado como uma morte suspeita. Um menino de 11 anos e um adolescente de 17 anos permaneceram hospitalizados, com sinais de envenenamento, depois de comer alimentos que estavam nas mesmas lancheiras.

As outras duas hipóteses apresentadas pela equipe de investigação são que as lancheiras estavam contaminadas no momento da preparação ou que as vítimas estavam consumindo alimentos estragados.

O delegado Aloysio Ribeiro de Mendonça Neto, chefe da delegacia de Itapevi, disse Agora que 50 lancheiras para a mesma unidade religiosa foram distribuídas aos sem-teto por pelo menos cinco delas em um posto de gasolina desativado no bairro Vila Aurora. As imagens das câmeras de vigilância mostram a distribuição de alimentos, por volta das 22h de terça-feira.

A pastora evangélica Agda Lopes Casimiro, 51 anos, se dirigiu à polícia na quarta-feira para dizer que estava preparando comida doada aos desabrigados e negou que houvesse problemas.

As imagens das câmeras de vigilância mostram o momento em que Agda para o carro na estação e, acompanhada pelo marido, distribui comida para os sem-teto. “Meu marido e eu comemos [marmita], Até congelamos a comida que preparei para que possamos entregá-la à polícia [analisar]”, Ele explicou.

A pastora diz que doa comida para os sem-teto na região de Cotia (Grande SP) há dez anos e, desde o início de 2020, entrega lancheiras para os sem-teto em Itapevi.

Duas lancheiras foram consumidas por Vagner Aparecido Gouveia de Oliveira (37) e José Luiz de Araújo Conceição (61), que morreram de sinais de intoxicação, nas primeiras horas desta quarta-feira (22). Os outros três Oliveira entregaram o vendedor de churros Flávio de Araújo, 42 anos. Sua namorada, um adolescente de 17 anos e um filho de 11, estavam doentes e hospitalizados.

De acordo com o atestado de óbito, a causa subjacente da morte é a intoxicação exógena (interação de um ou mais agentes tóxicos com o sistema biológico). A polícia, no entanto, aguarda os resultados dos testes para ver o que causou a morte.

“Em quase 35 anos de trabalho policial, nunca encontrei um caso semelhante. Por enquanto, como estamos no terceiro dia da investigação, todos são suspeitos “, disse o delegado.

Ele acrescentou que no início desta tarde desta sexta-feira (24) 12 pessoas estavam fazendo declarações na delegacia.

A polícia também recebeu novas fotos de câmeras de vigilância na sexta-feira, que registraram o movimento perto do posto de gasolina. O material será analisado para determinar todas as pessoas que estavam no local, exceto a dinâmica de atividades suspeitas.

Além dos dois moradores de rua, o cachorro Delilah, que tinha José Luiz de Araújo Conceição como guardião, também morreu de sinais de intoxicação depois que o morador de rua distribuiu comida para seu animal.

As vísceras do cão foram removidas por um veterinário, a pedido da polícia, e enviadas para análise de toxicologia forense na capital São Paulo.

O relatório constatou que um menino de 11 anos, que estava doente após comer uma refeição em uma de suas lancheiras, ainda estava internado no Hospital Geral de Pirajussara, em Taboão da Serra (Grande SP), respirando com a ajuda do dispositivo. Apesar disso, sua saúde é estável.

O jovem de 17 anos está se recuperando no Hospital Regional de Osasco (Grande São Paulo) e está indo bem.

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