As pensões são atualizadas em 1%

A indexação do apoio social também acompanhará a inflação, atribuindo alguns euros a mais a benefícios, como o RSI e o subsídio de desemprego.

Pela sexta vez desde os anos em que as pensões foram congeladas pela troika (2011-2015), a maior parte destes benefícios será atualizada em 2022. Com aumentos variando entre 0,25% e 1% devido ao mecanismo legal de monitoramento automático da inflação e do crescimento econômico aplicável às prestações sociais. A alta de preços também trará atualização de 0,9% nos salários do funcionalismo público.

Os valores de atualização derivam da estimativa provisória da inflação de novembro, divulgada ontem pelo Instituto Nacional de Estatística. Até o mês passado, a variação média do índice de preços ao consumidor nos últimos 12 meses, sem habitação, alcançava 0,99%. A atualização das pensões, e também do índice de apoio social (IAS), depende deste indicador, que se reflete integralmente nas pensões mais baixas. Se o crescimento econômico médio dos últimos dois anos ultrapassar 2%, a atualização ainda pode ser melhorada, mas não será o caso em 2022.

Assim, as pensões com valor até ao dobro do IAS, que deverão corresponder a 886 euros no próximo ano, deverão ser atualizadas em 1%. Esta é a maioria das pensões pagas pela Segurança Social.

sem aumentos extras

As pensões com valor entre duas e seis vezes o IAS (de 886 para 2.658 euros) vão aumentar 0,5% – apenas metade da inflação registada, visto que não há crescimento económico superior a 2%.

Por fim, as pensões de valor superior a 2.658 euros e até 5.316 euros serão atualizadas em 0,25%.

Estas serão as subidas para um universo total de 2,6 milhões de pensões, dado que, devido à liderança do Orçamento do Estado para 2022, foram excluídos aumentos extraordinários de dez euros, mais generosos, para todas as pensões de valor até 1108. euros, equivalentes a 2,5 IAS, com os quais o Governo se comprometeu na negociação da proposta.

O índice de apoio social vai também ser actualizado no próximo ano – e pela sétima vez em 14 anos de existência -, subindo 1% para 443,20 euros.

Assim, alguns benefícios sociais vão render alguns euros no próximo ano. É o caso do rendimento social de inserção, cujo valor de referência passará de 191 a 193 euros, ou o valor do subsídio social de desemprego. Serão 443,20 para beneficiários com famílias e 354,56 para pessoas que moram sozinhas. Irão também alterar o limite mínimo e máximo (atualmente aumentado, devido à pandemia) do subsídio de desemprego, para 443,20 e 1108 euros, respetivamente.

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