Braga fechou no hotel num país onde só com autorização governamental se pode sair de casa

A equipa minhota, que esta quinta-feira defronta o AEK e pode qualificar-se para os oitavos-de-final da Liga Europa de futebol, encontra-se confinada e só sai da unidade hoteleira para o estritamente necessário. O uso de máscara é obrigatório e o não cumprimento pode resultar em multa.

Rigor máximo na Grécia, no ataque à pandemia de covid-19, para obrigar o Sporting de Braga a seguir as regras locais e para salvaguardar a “bolha” imposta pela UEFA, para não ter problemas.

Há já um mês, em Atenas e no resto do país, para sair de casa, é necessário indicar o motivo, que o Governo avalia através de contacto prévio, e depois, se necessário, enviar um SMS (mensagem telefónica escrita) , “documento” essencial para exibir se abordado por autoridades policiais.

O Braga, que está em Atenas, tal como o fez esta época em Zaporizhya (Ucrânia) e Leicester (Inglaterra), numa “bolha” segundo as regras da UEFA, não precisa de autorizações especiais para se deslocar na cidade, mas tem um compromisso apenas para fazê-lo absolutamente necessário: viajar entre o aeroporto e o hotel, e entre o hotel e o estádio, para treinar e jogar. A equipa ocupa um piso exclusivo, na unidade hoteleira de cinco estrelas em que está instalada na capital helénica e dispensou o passeio, que é habitual num dia de reunião.

Em geral, na Grécia, apenas as lojas consideradas essenciais, como supermercados e farmácias, estão abertas, enquanto o ensino é apenas presencial em creches e escolas primárias. O resto funciona remotamente. O uso de máscara é obrigatório, com multa de 300 euros aos infratores e são frequentes os indícios de salvaguarda da distância social e do cumprimento das regras de higiene.

O movimento, pelo menos na capital grega, ainda é considerável, mas nada como em outros tempos, quando o turismo era vital para a economia do país. Ao fim da tarde e à noite, quase ninguém é visto nas ruas, sendo a segunda vaga de reclusão levada muito a sério.

O certo é que, com uma população idêntica à portuguesa, a Grécia está a ter melhores resultados no combate à pandemia. Exemplos: tem três vezes menos casos de covid-19 diagnosticados e metade dos mortos do que Portugal …

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