Imagem: Discovery / DIVE
O terceiro sábado de outubro marca o Dia Nacional contra a Sífilis e a Sífilis Congênita, uma infecção sexualmente transmissível (IST) que pode ser prevenida com o uso de preservativo em todas as relações sexuais. Apesar de a taxa de infecção ter caído entre 2018 e 2019 em Santa Catarina, a sífilis ainda é um grande problema de saúde pública e, quando a infecção é adquirida antes ou durante a gravidez, ainda é preocupante.
Flávia Soares, ginecologista da Autoridade Catarinense de Vigilância Epidemiológica (DIVE / SC), explica que a sífilis congênita, que é transmitida da mãe para o bebê durante a gravidez ou o parto, é uma doença gravíssima e pode causar diversos problemas de saúde, desde malformações até a morte. . “A forma mais eficaz de prevenir a sífilis congênita é o pré-natal, onde exames são feitos periodicamente para detectar a sífilis”, explica a médica.
A sífilis é uma infecção assintomática na maioria dos casos, ou seja, a pessoa não sabe que tem e continua a transmiti-la. A infecção pode se manifestar como uma ferida nos genitais e nas línguas (gânglios) na virilha, que desaparecem espontaneamente e podem passar despercebidos. A melhor forma de fazer o diagnóstico é o teste rápido, que são exames realizados gratuitamente nas unidades básicas de saúde (UBS), e o resultado sai em aproximadamente 30 minutos.
O médico explica que a sífilis tem cura e o tratamento também é feito no posto médico, gratuitamente. Na gravidez, é necessário tratar o mais precocemente possível para prevenir a doença da criança, daí a importância do diagnóstico.
Sífilis em Santa Catarina
Segundo estudo da DIVE / SC, em Santa Catarina a taxa de incidência de sífilis congênita em criança passou de 6,9 em 2018 para 6,0 casos por mil nascidos vivos em 2019. Nas gestantes caiu de 24,7 casos por mil nascidos vivos em Em 2018, para 21,5 em 2019. A taxa de detecção de sífilis adquirida variou de 175 casos por 100.000 habitantes em 2018 a 151,9 casos em 2019.
Para a médica de DIVE / SC em Doenças Infecciosas e Chefe do Serviço de Doenças Sexualmente Transmissíveis, HIV / AIDS e Hepatites Virais (GEIST), Regina Valim, a queda do índice pode estar relacionada a diferentes estratégias de enfrentamento da epidemia de sífilis, principalmente as voltadas redução da sífilis congênita, realizada nas esferas federal, estadual e municipal. “Essas estratégias têm possibilitado a qualificação das redes de atendimento e vigilância, o que se reflete na redução do número de casos”, finaliza.
Casos por ano (em números absolutos)
Casos de sífilis adquirida, em gestantes e congênita em números absolutos. Santa Catarina, 2010-2019 |
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2010 |
2011 |
2012 |
2013 |
2014 |
2015 |
2016 |
2017 |
2018 |
2019 |
NO TOTAL |
|
Sífilis adquirida |
55 |
265 |
578 |
1.465 o mais comum |
2.089 o mais comum |
3.255 o mais comum |
5.672º mais comum |
8.882 o mais comum |
12.385 o mais comum |
10.881 o mais comum |
45.527 o mais comum |
Sífilis em mulheres grávidas |
217 |
265 |
322 |
535 |
800 |
1.294 o mais comum |
1.452º mais comum |
1.890º mais comum |
2.459 o mais comum |
2.111 o mais comum |
11.345 o mais comum |
Sífilis congênita |
75 |
97 |
100 |
224 |
277 |
485 |
554 |
691 |
689 |
588 |
3.780º mais comum |
Fonte: SINAN / DIVE / SUV / SES
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