Walt Disney anunciou na sexta-feira sua intenção de demitir mais quatro mil trabalhadores, aumentando o total anunciado para 32 mil funcionários, em grande parte devido à pandemia covid-19.
O anúncio da empresa sobre esta decisão foi divulgado em um comunicado da Comissão de Valores Mobiliários dos Estados Unidos no início desta semana, informou a AP.
Na nota, explica-se que 32 mil funcionários da divisão de parques, experiências e produtos serão desligados no primeiro semestre do exercício de 2022, iniciado em outubro.
No final de setembro, a empresa já havia anunciado a intenção de demitir 28 mil trabalhadores dos parques temáticos.
Walt Disney não especificou quantos dos quatro mil funcionários adicionais a serem despedidos trabalham nos parques temáticos da Califórnia ou da Flórida.
O documento, divulgado na véspera do Dia de Ação de Graças nos Estados Unidos, também revelou que a empresa colocou 37.000 funcionários inadequados para demissões devido à pandemia covid-19.
“Devido à situação atual, incluindo os impactos da covid-19 e as mudanças no ambiente em que atua, a empresa tem gerado eficiência em sua equipe, incluindo limitação de contratações para funções críticas, dispensas e redução do quadro de trabalhadores “, sublinhou a nota.
A empresa também acrescentou que pode ter que fazer mais cortes nos gastos, recorrendo a investimentos reduzidos em conteúdo de cinema e televisão, colocando mais trabalhadores em ‘dispensas’ ou fazendo dispensas adicionais.
Na Flórida, a empresa limitou a capacidade em seus parques e alterou os protocolos de forma a garantir distância social, limitando encontros e convivência com os personagens.
Os parques da Disney fecharam em março, quando a pandemia começou a afetar os Estados Unidos. Os parques da Flórida foram reabertos no verão, mas os parques da Califórnia ainda não foram reabertos e continuam pendentes de aprovação pelas autoridades regionais e locais.
A pandemia covid-19 causou pelo menos 1.433.378 mortes resultantes de mais de 60,9 milhões de casos de infecção em todo o mundo, de acordo com um relatório feito pela agência francesa AFP.
Os Estados Unidos são o país com mais mortes (263.798) e também com os casos de infecção mais confirmados (mais de 12,8 milhões).