Estado português e Google assinam contrato de concessão para novo cabo submarino

O contrato de concessão para a instalação do novo cabo submarino Equiano, para ligar Portugal à África do Sul, foi assinado esta segunda-feira entre o Estado português e a Google Corporation, foi divulgado esta terça-feira.

Com um prazo de 25 anos, os títulos de concessão foram assinados pela Direcção-Geral dos Recursos Naturais, Segurança e Serviços Marítimos (DGRM), em representação do Estado Português, e pela Blue Path Technology Unlimited Company, empresa mandatada para o efeito por Google LLC.

Segundo a DGRM, em nota, o Cabo Submarino Equiano, investimento da multinacional Google Corporation, “deve começar a operar em 2022” e terá “15 mil quilômetros de extensão”.

O cabo de fibra óptica ligará Portugal à África do Sul, com ligações intermédias a Accra (Gana), Lagos (Nigéria), Swakopmund (Namíbia) e Santa Helena (baía de Rupert).

A amarração do Cabo Equiano, nome dado em referência a Olaudah Equiano, escritor e abolicionista nigeriano que foi escravizado na infância, será feita na praia da Califórnia, em Sesimbra (Setúbal), depois com ligação à Estação do Cabo Submarino já existente no concelho e, a partir daí, “para a ‘espinha dorsal’ terrestre”.

“O processo de autorização do cabo Equiano segue o mesmo processo do cabo EllaLink, que já liga Portugal ao Brasil, posicionando cada vez mais o território nacional“ como a ‘porta’ da Europa para “ligações digitais de última geração”.

O objectivo é criar “oportunidades únicas para Portugal e um acesso mais rápido das empresas europeias aos mercados americano e africano”, afirma o comunicado.

Segundo a DGRM, a assinatura de “Títulos de Uso Privado, em regime de concessão”, pelo Cabo Equiano, resultou de “um processo de autorização prévia para utilização do Espaço Marítimo Nacional, instruído no Balcão Electrónico do Mar”.

Os novos cabos de fibra óptica submarinos visam “fornecer transporte de dados de banda ultralarga e responder às novas gerações de aplicativos de computador e novos conceitos de computação, como ‘computação em nuvem’, ‘e-commerce’ ou ‘vídeo sob demanda’, e o número crescente de usuários “globalmente, disse a DGRM.

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