Um porta-voz do Ministério das Relações Exteriores disse à AFP que uma delegação dos EUA se reuniria com altos funcionários do Taleban em Doha, no Catar, no sábado e no domingo.
“Queremos exortar o Taleban a respeitar os direitos de todos os afegãos, incluindo mulheres e meninas, e formar um governo que inclua amplo apoio”, disse o porta-voz.
Acrescentou que, embora o Afeganistão enfrente uma possível desaceleração econômica dramática e crise humanitária, os Estados Unidos também pedirão ao Taleban que abra ajuda humanitária.
Eles também vão falar sobre a expulsão de civis e aliados que permanecem no Afeganistão.
Em agosto deste ano, as forças ocidentais se retiraram do Afeganistão. O regime no Afeganistão entrou em colapso com o apoio do Ocidente e o Taleban recuperou o poder 20 anos após a ocupação dos Estados Unidos.
O Departamento de Estado insiste que o encontro não significa que os Estados Unidos reconheçam o Taleban como seus líderes.
“Ainda estamos certos sobre a legitimidade das ações do Taleban”, disse o documento.
Não está claro quem representará as duas partes. O general Frank McKenzie, chefe do Comando Federal dos EUA, foi um dos entrevistados em conexão com a expulsão do Taleban.
A Reuters relata que o enviado especial dos EUA Jalme Khalilzad, uma ex-figura-chave nas negociações com o Taleban, não estará na delegação.