A Galp Energia suspendeu a atividade de produção de combustíveis na refinaria de Matosinhos no dia 10 de outubro, em resposta ao impacto da crise covid-19 e, consecutivamente, na atividade económica e na procura de combustíveis.
A petroleira garante que a suspensão temporária não compromete o abastecimento do mercado nacional e não terá “impacto nos colaboradores da Galp envolvidos nesta actividade”. “As restantes actividades de produção de Óleos Básicos e Aromáticos da Refinaria de Matosinhos vão continuar a funcionar normalmente”, disse à Business fonte oficial da empresa.
A paralisação por tempo indeterminado justifica-se pelas “condições do mercado nacional e internacional, em grande parte devido aos impactos causados pela pandemia covid-19”, que “obrigaram a Galp a avançar com um planeado ajustamento operacional do seu sistema de refinação”, defende empresa presidida por Carlos Gomes da Silva.
A Galp Energia garantiu ainda que o “abastecimento do mercado nacional se manterá assegurado, com um nível de produtos adequado à satisfação das necessidades dos portugueses, empresas e unidades industriais, suportado pelos stocks existentes em Matosinhos e pela produção que na Refinaria de Sines “
Quanto às previsões de recuperação da produção, a empresa afirma que não adianta datas, apenas responde que “acompanha diariamente as condições do mercado e adapta os planos operacionais à sua evolução, garantindo a sustentabilidade das suas atividades e o abastecimento dos seus clientes” .
Esta é a segunda vez este ano que a Galp Energia suspende a produção da refinaria de Matosinhos. Em abril, a petroleira também estendeu a paralisação da produção para Refinaria de Sines. A produção nessas duas refinarias foi retomada quase três meses depois, em junho.