Joalharia Cabral, hotel na Flórida e residência de traficantes em leilão – 20.07.2020. – Vida cotidiana

O Departamento de Justiça e Segurança Pública estará provocando riqueza por crimes neste semestre. A lista inclui jóias do ex-governador do Rio de Janeiro Sergio Cabral e um hotel nos Estados Unidos.

O leilão mais próximo está relacionado à Cabral, cujo valor é estimado em R $ 3,8 milhões. Serão 15 diamantes e 5 barras de ouro. A oferta inicial varia de R $ 52,6 mil a R $ 246,5 mil. Será realizado no dia 29.

Segundo o advogado de defesa do ex-governador Márci Delambert, o referido imóvel foi espontaneamente apresentado à polícia federal.

A revogação faz parte de um contrato de concessão aprovado pelo STF (Supremo Tribunal Federal). Ele tem 27 pedras preciosas que mantém escondidas das pessoas próximas a ele desde sua prisão em 2016.

A defesa, no entanto, diz que as jóias não pertencem a Cabral. Eles foram comprados por cambistas que prestavam serviços ao ex-governador.

“O ex-governador permanece à disposição dos tribunais e cumpriu todas as suas obrigações estabelecidas no contrato de concessão”, afirmou o advogado.

O MPF (Ministério Público Federal) aponta pedras preciosas como uma das maneiras pelas quais Cabral usou sua esposa Adriana Ancelmo para lavar dinheiro de suborno em grandes contratos estaduais. Somos uma empresa de propriedade e operação familiar.

O acusado está em 31 crimes decorrentes de Lava Jato, além de outros dois crimes não relacionados à operação. Ele já foi condenado em 13 casos, punível com mais de 282 anos de prisão.

Entre os ativos mais valiosos em leilão está um hotel na Flórida, nos Estados Unidos, avaliado em US $ 42 milhões. O projeto pertence a bicheiro João Arcanjo Ribeiro.

Ele foi preso na Operação Mantus em 2019, que investigou as ações de grupos criminosos que lavavam dinheiro jogando no Mato Grosso.

Ribeiro foi libertado em 25 de setembro de 2019. Desde então, ele está em Cuiabá, sob a supervisão de uma pulseira de tornozelo, de acordo com a Secretaria de Estado de Segurança Pública.

Folha teve acesso aos principais nomes da lista do governo. Entre os mencionados, destacam-se os traficantes de drogas conhecidos no Brasil e no exterior.

Um deles é Luiz Carlos da Rocha, Cabeça Branca. É também conhecido como “Pablo Escobar do Brasil”. Está planejado um leilão de dois vendedores de imóveis de luxo em Itapema (SC).

Preso em 2017, estava em fuga por quase 30 anos. Ele era considerado o homem mais procurado da América Latina na época. Rocha tem um patrimônio líquido estimado em pelo menos US $ 100 milhões.

Quem também venderá os produtos em leilão é o comerciante Luiz Fernando da Costa, conhecido como Fernandinho Beira-Mar. Existem três propriedades na Ilha do Governador, no Rio de Janeiro e uma em Guarapari (ES).

Ele já ganhou mais de 300 anos de prisão pelos crimes que cometeu.

Entre os bens dos contrabandistas Antônio dos Santos Damaso, conhecido como português, está pelo menos um apartamento na Barra da Tijuca, no Rio de Janeiro. Ele foi condenado a 26 anos de prisão em 2007 por tráfico internacional de drogas.

No leilão da propriedade do bicheir e dos três contrabandistas, ainda não houve uma data ou avaliação específica do valor da propriedade.

3.427 ativos foram colocados em leilão no segundo semestre e são administrados pela Senad (Secretaria Nacional de Política de Drogas). O órgão é afiliado ao Ministério da Justiça e Segurança Pública.

Os itens apreendidos variam de jóias, veículos de luxo, barcos, aviões e imóveis.

O secretário da Senad, Luiz Roberto Beggiora, disse que os leilões estavam em expansão. Esse é o caso desde 2019, quando foram tomadas medidas para gerenciar de maneira mais eficaz as propriedades confiscadas ou confiscadas como produto do crime.

A arrecadação em 2019 aumentou 162% em relação ao ano anterior. Dois anos atrás, os leilões realizados arrecadaram US $ 37 milhões.

No ano passado, a arrecadação aumentou para R $ 97 milhões. A intenção é atingir US $ 200 milhões este ano.

Segundo Beggiori, o secretariado está trabalhando com o judiciário para sensibilizar os juízes para a necessidade de melhorar as vendas de imóveis para evitar perda de valor.

“Estamos trabalhando em vendas antecipadas, portanto não é esperado nenhum trânsito inesperado [quando todos os recursos se esgotam]”Oferecemos toda a estrutura para que o juiz não precise interromper o trabalho do bastão”, disse ele.

Depois que o judiciário aprova o leilão de bens confiscados durante o processo judicial, o Senad administra o imóvel. A agência é responsável por contratar um leiloeiro que tenha até 60 dias para avaliar as mercadorias e colocá-las à venda.

A primeira oferta pode começar com 50% menos que o valor de mercado.

Beggiora também disse que o secretariado cooperou com outras instituições públicas, como o Conselho Federal de Governadores. Assim, por exemplo, se uma empresa é apreendida por uma ordem judicial, por exemplo, o conselho nomeia um profissional para gerenciá-la até que ela a conquiste.

“Se uma pessoa é libertada e a propriedade já foi vendida, o valor retorna com uma atualização da taxa de migrantes. No entanto, isso acontece em menos de 1% dos casos”, afirmou.

Os valores arrecadados com a venda do imóvel destinam-se ao Funad (Fundo Nacional Antidrogas) e podem ser utilizados antes do final do processo judicial. Segundo Beggiori, eles estão retornando à sociedade em ações de combate ao tráfico.

Entre os projetos em desenvolvimento está o Centro de Desenvolvimento de Cães de Faro, em parceria com a PRF (Polícia Rodoviária Federal). A intenção é que o órgão esteja pronto para este semestre na sede da corporação, no Brasil.

O objetivo é proporcionar um local adequado para a qualificação e o treinamento contínuo dos operadores de cães e o desenvolvimento de matrizes, a fim de ampliar as ações de combate ao narcotráfico.

Há também o projeto Minerva, que treinará especialistas forenses em química e toxicologia nos estados para identificar novos medicamentos.

“Com o novo leilão, investimos em equipamentos policiais ou novas tecnologias que beneficiarão a própria polícia. A intenção é aumentar o fundo para se tornar mais eficaz na política de drogas”, disse Gustavo Camilo, diretor de políticas públicas e Articulação Institucional do Senada.

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