A valorização quase isolada do BCP não foi suficiente para manter a bolsa nacional acima da “linha da água”, num dia em que o grupo EDP voltou a perder gás, no âmbito da crise energética que se espalha por toda a Europa. O índice PSI-20 terminou a sessão desta quinta-feira a desvalorizar 0,20% para 5.337,34 pontos, contrariando os ganhos registados em todas as outras localidades do “velho continente”.
O banco liderado por Miguel Maya foi uma das poucas (4) empresas que conseguiram fechar o dia em alta, com uma valorização de 1,56% para 13,05 cêntimos por ação. Mas esse desempenho foi ainda maior durante o dia com uma apreciação bem acima de 3%.
Na quarta-feira, o CEO do banco polaco do BCP, João Brás Jorge, deu uma entrevista à agência país, o PAP, garantindo que O Bank Millennium continua a trabalhar na obtenção de acordos extrajudiciais com os seus clientes relativamente ao crédito à habitação concedido em moeda estrangeira, nomeadamente em francos suíços.Outra das empresas que se estabeleceu em território positivo foi a Galp Energia, com um aumento de 0,62% para 8,40 euros por ação, beneficiando da recente subida dos preços do petróleo. Embora hoje tanto Brent quanto o norte-americano WTI estejam se corrigindo, ontem atingiram patamares máximos desde julho, após quatro dias consecutivos de alta.
Do outro lado da barricada, encontravam-se 12 empresas em declínio, incluindo as duas empresas cotadas do grupo EDP, que tiveram perdas de cerca de 1%. A EDP desvalorizou 1,28% para 4,64 euros por ação, enquanto a EDP Renováveis perdeu 0,64% para 21,72 euros. Essa foi a tendência também registrada em outras empresas do setor, num momento em que a Europa atravessa uma crise de preços de energia. A Iberdrola espanhola atingiu baixas de mais de um ano.