Longa Vida e Ramirez são suspeitos de serem fonte de legionela

As torres das duas empresas de Matosinhos encerraram há uma semana por precaução. O resultado das análises deve chegar nesta quinta ou sexta-feira.

Duas torres de refrigeração da Longa Vida, em Perafita, e Ramirez, em Lavra, ambas no concelho de Matosinhos, foram encerradas por suspeita de serem a fonte de contaminação do surto de legionella que já causou dezenas de infectados e matou nove pessoas naquele município. , em Vila do Conde e Póvoa de Varzim. Os resultados das análises comparativas devem ser conhecidos nesta quinta ou sexta-feira. Esta quarta-feira, foram internados mais três infectados no Hospital Pedro Hispano, em Matosinhos. No total, já são 75. Até o momento, o surto matou nove pessoas.

De acordo com a Administração Regional de Saúde do Norte (ARS), as duas torres de resfriamento foram fechadas na última quinta-feira (12). Em ambos os casos, as primeiras análises de legionella foram positivas. Resta esperar, agora, por análises comparativas com as secreções dos pacientes. Só então será possível comparar cepas da bactéria e determinar com precisão o foco da infecção. Os testes estão a ser realizados no Instituto Nacional de Saúde Dr. Ricardo Jorge.

Long Life está colaborando

Em nota, Longa Vida admite que é um dos casos. “Seguindo as instruções da Autoridade Sanitária e na sua presença, como medida preventiva, a Longa Vida fechou imediatamente as suas torres de refrigeração”, afirma. A empresa do grupo Nestlé garante que faz “todos os controlos exigidos por lei nas suas torres” e que está a colaborar com a Autoridade Sanitária para que “a situação seja rapidamente esclarecida”. Ramirez também confirmou ao JN que teve que fechar uma torre de resfriamento por recomendação da Autoridade Sanitária.

A ARS recusou-se a divulgar quais as torres foram desactivadas, mas o JN sabia que, após análise da proveniência dos casos e dos ventos, as fiscalizações se concentraram na União das Freguesias de Perafita, Lavra e Santa Cruz do Bispo, em Matosinhos.

ARS explicou que a dispersão geográfica dos casos é “compatível com uma fonte ambiental” – afastando a hipótese de que o surto esteja relacionado com água potável -, potenciada “pelas alterações climáticas da depressão da Bárbara”, que atingiu Portugal nos dias 19 e 20 de outubro.

A Câmara de Matosinhos afirma estar “a acompanhar de perto a evolução do surto com preocupação”. “Independentemente do município onde se localizam essas unidades, o importante é que o foco esteja identificado e que esta situação possa ser superada em breve. O Município dispõe de todos os meios necessários para atuar, caso sejam solicitados pelos órgãos de saúde responsáveis a gestão do caso ”, garante, em comunicado.

Esta quarta-feira, o número de infectados subiu para 75. Mais três casos foram internados no Hospital Pedro Hispano, em Matosinhos.

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