Os países europeus lutam com uma segunda onda de infecções desde setembro, mas a segunda onda parece mostrar sinais de desaceleração na Bélgica e estabilização na Alemanha e na Itália. Isso se deve aos novos confinamentos e restrições implementados nos países em outubro.
A Bélgica, por exemplo, que registrou algumas das “altas” diárias na Europa, tem relatado números mais baixos nos últimos dias. Os casos de covid-19 atingiram o pico em 30 de outubro – perto de 24.000 – enquanto nesta segunda-feira, 4.659 novas infecções foram relatadas.
O governo reforçou as restrições duas vezes no mês passado para lidar com o surto, e as pessoas agora estão trabalhando em casa e não podem visitar familiares e amigos.
Na Alemanha, parcialmente confinada até 2 de novembro, a chanceler Angela Merkel disse na segunda-feira que as restrições estavam fazendo com que o número de casos se estabilizasse “um pouco, mas ainda lentamente”. A maior economia da Europa registrou 10.824 novos casos na segunda-feira, ante 16.947 no dia anterior.
Na Itália, 27.354 infecções foram relatadas na segunda-feira, em comparação com 40.092 na sexta-feira. O país também apertou as restrições no início deste mês, embora não tenham sido tão severas como na primeira onda, quando escolas e universidades foram fechadas.
Mesmo assim, existem outros países onde as taxas de infecção ainda são altas. É o caso da República Tcheca, Áustria, Luxemburgo e Lichtenstein, que apresentam o maior número cumulativo de infecções por 100.000 habitantes na Europa, de acordo com o Centro Europeu para Prevenção e Controle de Doenças (ECDC).
Em Luxemburgo e na República Tcheca, por exemplo, os números ainda não mostram um sinal claro de que as novas infecções estão diminuindo, de acordo com dados da Universidade Johns Hopkins. Na segunda-feira, os países notificaram 1.325 e 5.407 novos casos, respectivamente, em comparação com 713 na sexta-feira e 7.355 no domingo.