O Ministério declara a “mudança de caráter” da pandemia, desistindo da compra de 2880 aparelhos respiratórios – 28.07.2020. – equilíbrio e saúde

Embora não cumpra todas as entregas prometidas, o Ministério da Saúde quer rever os contratos de fornecimento de respiradores para os estados. O governo federal planeja cancelar a compra de pelo menos 2.880 deste equipamento.

O valor corresponde a 50% dos respiradores de transporte – o que permite o uso de equipes de emergência para transportar pacientes com dificuldades respiratórias – que o mapa contratou para Magnamed, um dos principais fornecedores do ministério, em abril deste ano.

O contrato previa produção e entrega nos próximos meses para o Covid-19.

Com mais de 88.000 mortos e 2 milhões de infectados, o Brasil ainda registra altos casos de Covid-19 em várias regiões.

Folha recebeu uma carta enviada pela coordenação de atendimento hospitalar do portfólio da empresa em 15 de julho. No documento, o ministério exige que “a quantidade esperada de entusiastas do transporte seja reduzida em 50%”.

Inicialmente, o contrato com a Magnamed previa a entrega de 5.760 respiradores desse modelo – daí a possibilidade de que a compra de até 2.880 unidades fosse cancelada.

O documento justifica a medida “dada a natureza mutável da epidemia e as mudanças nos planos de contingência”, sem especificar essas mudanças.

A intenção de cancelar parte do número total estimado foi revelada pelo jornal O Globo e confirmada em documentos obtidos pela revista Folha e com técnicos do Ministério da Saúde.

A carta do portfólio também afirma que a empresa está agora autorizada a vender produtos no país e em outros países. Foi vetado há alguns meses por uma pandemia.

Em comunicado, o ministério confirmou que “os contratos para o fornecimento de veículos respiratórios estão sendo revistos”. Ele também disse que “o objetivo é otimizar a oferta de acordo com a demanda dos gerentes locais”.

Além de Magnamed, o Ministério da Saúde assinou contratos com outras quatro empresas para fabricar e comprar respiradores. Todos os contratos foram assinados entre abril e maio, devido a dificuldades na obtenção de fornecedores no mercado internacional.

Os contratos de incentivo para empresas – que na época tinham menos produção do que os contratados para fornecimento – foram anunciados como uma “solução nacional” para o problema de falta de dispositivos. O valor do contrato é de US $ 787,6 milhões. Destes, o maior contrato foi a Magnamed, com um valor total de R $ 332 milhões.

Além dos respiradores de transporte, o acordo incluiu a entrega de 740 respiradores para uso na UTI e 5.760 misturadores, um acessório que atua como misturador de gás e é incorporado a outros dispositivos.

Somente para o respirador em transporte, o valor estimado a ser pago foi de US $ 236,9 milhões. Dusan, Magnamed disse que não comentaria o caso.

Folha descobriu que, em uma resposta do ministério, a empresa disse que cancelaria apenas 25% do número esperado de respiradores. Ainda não há informações sobre como será o contrato.

Atrasos na entrega de produtos prometidos para ajudar o novo coronavírus têm sido alvo de críticas dos gerentes de saúde nos últimos meses.

A previsão inicial do portfólio de contratos com empresas nacionais era fornecer até 16.252 respiradores até o final deste mês, com prazo máximo de outubro.

Dados de um painel criado pelo ministério para monitorar a distribuição de equipamentos em meio a uma pandemia mostram que 8.628 respiradores foram entregues a estados e municípios até o momento. Destes, 4.584 para uso em UTIs e 4.044 para transporte de pacientes.

De acordo com os membros do ministério, eles questionaram Folha, a intenção é principalmente revisar contratos para os chamados dispositivos respiratórios de transporte.

A avaliação do manejo atual é que um grande número de respiradores de transporte está envolvido em relação à UTI. O grupo, no entanto, não conseguiu dizer se poderia substituir esse equipamento por outro.

Nos últimos dias, no entanto, os representantes do portfólio enfatizaram que, embora tenham celebrado contratos de fornecimento, o portfólio não é obrigado a fornecer um respirador e equipamento de proteção individual.

A orientação “clara” é que o portfólio não é responsável pela entrega desses itens também está incluído na ata da reunião de 17 de junho do Comitê de Operações de Emergência do Ministério da Saúde, que compilou Folha.

Comentando a oferta de respiradores e EPIs, os membros do ministério justificaram que deveria ter sido “reativo” no início e organizaram ações devido à falta de mercado, mas que o cenário havia mudado.

Posteriormente, existe uma proposta para “deixar claro que o Ministério da Saúde não tem responsabilidade em fornecer respiradores e EPIs”.

“Isso ocorreu devido à atual situação de emergência, com falta de serviços no mercado, mas hoje já temos um panorama mais estabilizado que permite aos estados usarem seus recursos destinados à compra desta emergência”, informaram as atas.

Em seguida, o ministério aconselha a obtenção de um possível apoio “para uma estrutura onde isso ainda não aconteceu, levando em consideração as capacidades de compras e logística”.

Procurado, Conass, um conselho que reúne secretários estaduais de saúde, disse que o ministério até agora não o notificou de uma revisão do contrato e de possíveis alterações na entrega do respirador.

Segundo Paolo Fraccaro, supervisor da Abimo (Associação Brasileira da Indústria de Produtos e Equipamentos Médicos), a maioria das empresas começou a concluir entregas ao governo nas últimas semanas.

Disso, Magnamed ainda deve entregar a quantia. Fraccaro não pôde relatar a quantidade.

Para ele, a possibilidade de uma revisão do contrato criou preocupações no setor. Fraccaro diz que pelo menos duas empresas ainda aguardam o pagamento de seus contratos completos, mas não disseram qual.

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