O reconhecimento facial nos serviços públicos avançará associado ao Digital Mobile Key – Internet

O sistema de reconhecimento facial para autenticar cidadãos nos serviços da Administração Pública já estava em teste piloto pela AMA – Agência de Modernização Administrativa, mas levantou dúvidas à Comissão Nacional para a Proteção de Dados que pediu esclarecimentos sobre o impacto que a recolha de dados biométricos, a partir do rosto dos cidadãos, pode ter em termos de proteção de dados. Já a proposta preliminar do Orçamento do Estado para 2022 contempla a sua utilização, em associação com o Chave de celular digital (CMD), escreve hoje o jornal Expresso.

Na prática, pretende-se que os cidadãos possam utilizar o reconhecimento facial para aceder aos sistemas, tal como acede ao telemóvel e ao computador, sem a necessidade de utilizar o Cartão do Cidadão e o leitor de chip.

Na proposta citada pelo jornal, o Governo prevê “solicitar, por via electrónica, a associação do seu número de identificação civil a um único número de telemóvel e endereço de correio electrónico, podendo escolher a sua palavra-passe definitiva mediante prévia verificação electrónica do validade do cartão de cidadão e confirmação da identidade por meio de sistema biométrico para comparar imagens faciais coletadas eletronicamente em tempo real com a imagem facial do cartão de cidadão ”.

De referir que se refere que os sistemas de sistemas de reconhecimento facial só podem ser activados por decisão voluntária de cada cidadão e deverão permitir a eliminação das imagens e dados biométricos dos cidadãos que aderiram à nova ferramenta, após a sua realização . comparação com os elementos de identificação do rosto que constam das bases de dados do Cartão do Cidadão, também é indicado.

Para autenticação, serão utilizados softwares com capacidade de detecção de vida, evitando fraudes com o uso de fotografia, por exemplo, e fica em aberto a proposta de que “para fins de desenvolvimento evolutivo do sistema e com o consentimento prévio do cidadão, a AMA , A IP (Agência para a Modernização Administrativa) pode recolher a imagem do cartão do cidadão e armazená-la por um período máximo de 10 dias, garantindo que os dados armazenados são encriptados e não associados ao cidadão ”.

A associação com o Digital Mobile Key parece ser a forma de conexão aos sistemas já utilizados, mas seu escopo pode ser estendido.

A proposta da OE propõe que, à semelhança dos códigos de autenticação CMD, os cidadãos que os compreendam possam utilizar a autenticação de reconhecimento facial nos serviços que a Administração Pública disponibiliza na Internet, através de um acordo específico com a AMA.

Com a utilização dos dados de reconhecimento facial, a activação da chave digital móvel pode ser feita “por videoconferência”, também referida na proposta, com “a associação do seu número de identificação civil a um único número de telemóvel e E- endereço de correio”.

A mesma fonte lembra que a AMA começou a testar um serviço de reconhecimento facial com um teste piloto lançado no final de 2019, que começou com um concurso cujo prazo para envio de propostas terminava na noite de 24 de dezembro de 2019 e contava com apenas uma proposta, Além das Emoções, uma empresa de tecnologia com sede no Porto, que garantiu a adjudicação de um projeto de 110 mil euros.

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