O recorde de importação de GNL do Brasil exclui o fornecimento dos EUA da Europa, sedenta por gás

Sabrina Valle

HOUSTON, 24 de setembro (Reuters) – As importações de gás natural liquefeito (GNL) do Brasil devem atingir recordes históricos em setembro, segundo dados de refino e consultoria. Falta de energia.

A pior seca em quase um século deixou dois terços das usinas hidrelétricas do Brasil morrendo de fome. Como resultado, o país recorreu ao gás dos EUA para manter suas luzes acesas, e suas compras de GNL ajudaram a empurrar os preços globais do gás para níveis recordes.

“A forte demanda do Brasil é por um fornecimento menor de GNL para terminais europeus”, disse Laura Page, analista sênior de GNL da Kepler Consulting.

As reservas europeias de gás caíram para o nível mais baixo em pelo menos 10 anos https://reut.rs/3kyV8m4, tornando os comerciantes do Hemisfério Norte mais competitivos com o GNL antes do calor do inverno. Os preços estão em quantidades sazonais na Europa e na Ásia.

Importante para pular

Dados definitivos mostram que mais de 80% das entregas de GNL do Brasil neste mês vêm de fábricas nos Estados Unidos na Louisiana e no Texas. Kpler estima que as importações globais de gás chegarão a 1 milhão de toneladas até o final do mês, o que é quase 20% maior do que o recorde de julho.

“O pior mês (para a demanda) será outubro”, disse Rivaldo Morera Neto, chefe da consultoria brasileira Gas Energy. “Não espero nenhuma melhora nos próximos três a seis meses.”

Em julho, as compras de GNL dos EUA do Brasil e da Argentina superaram as da China, com ambos consumindo 62,4 bilhões de pés cúbicos (PCF) de gás em comparação com os 42,2 pcf da China, de acordo com o Departamento de Energia dos EUA (DOE).

O DOE diz que 142 navios transportando combustível super-resfriado dos Estados Unidos pousaram no Brasil nos seis meses encerrados em 31 de julho. Alguns foram descarregados parcialmente no Brasil e esvaziados seus tanques na Argentina. Outros 17 estoques estão chegando.

Armazenamento adicionado

Os novos terminais de GNL, que aumentarão a capacidade de importação, serão reabertos depois que a estatal Petroleum Brasilro abandonar o monopólio do gás natural.

Na semana passada, uma usina elétrica apoiada por gás PP PLC foi conectada a um dos primeiros terminais privados de importação de GNL e operou há alguns meses para evitar queda de energia.

“Até chover, não sabemos quando isso vai acontecer, e os níveis de preços vão causar frustração”, disse um trader que compra produtos para o Brasil.

(Relatório de Sabrina Valle; Edição de Muralikumar Anandaraman)

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