O setor imobiliário chinês está “caindo no dominó”. Pequim acusa empresas de “má gestão” – Executive Digest

O calote do grupo Evergrande parece ter sido a primeira peça do dominó imobiliário chinês entupido de dívidas.

Na semana passada, a Sinic Holdings alertou credores e investidores que muito provavelmente não vai pagar títulos offshore, com vencimento nesta segunda-feira, da ordem de 250 milhões de dólares. Até o momento, a imprensa regional não informou que tal pagamento tenha sido feito.

Na sexta-feira, outro gigante imobiliário chinês, o China Properties Group, anunciou a primeira fase de inadimplência de uma dívida de 226 milhões de dólares, que venceu em 15 de outubro.

Soma-se a esta lista a Fantasia Holdings, que desde o início de outubro tem uma dívida de 206 milhões de dólares.

A notícia chega na mesma semana, em que Evergrande estará oficialmente em default final se deixar de pagar os juros de um título offshore denominado em dólar com vencimento em setembro.

A empresa permaneceu em silêncio sobre os pagamentos de cupons de outras quatro emissões de títulos que venceram nas últimas semanas.

Na semana passada, várias agências de classificação foram forçadas a rebaixar as classificações de várias empresas imobiliárias chinesas.

O Banco Popular da China já alertou que as empresas imobiliárias que emitem dívidas no exterior, em regime offshore, “têm de cumprir as suas obrigações”, excluindo qualquer apoio do Estado.

No domingo, o governador Yi Gang enfatizou que as autoridades evitarão que os problemas de Evergrande se espalhem para outras empresas imobiliárias.

“A economia chinesa vai bem, apesar da má gestão de algumas empresas”, concluiu o governador citado pela Reuters.

O setor imobiliário representa cerca de um quarto do PIB chinês, segundo dados da agência Moody’s.

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