Os combustíveis vão disparar e a gasolina atinge o máximo em oito meses – Energia

A meio de um fim-de-semana prolongado em que os portugueses têm restrições de mobilidade devido à pandemia (a circulação entre municípios está suspensa entre 28 de novembro e 1 de dezembro), existe também um incentivo financeiro para ficar em casa.

A partir de segunda-feira, segundo cálculos do Business, os preços dos combustíveis vão registrar forte alta, refletindo a alta dos preços das matérias-primas nos mercados internacionais.

As cotações médias diárias da tonelada métrica para a gasolina subiram mais de 7% nesta semana, o que aponta para um aumento de 2,2 centavos no preço do litro desse combustível a partir de 30 de novembro. Se confirmado, será o maior aumento desde maio que o preço de 1,402 euros por litro. Este preço é o mais alto desde o início de março, quando a pandemia ainda chegava a Portugal com os primeiros casos e mortes.

No caso do diesel, a evolução será semelhante. Nos mercados, esta matéria-prima também subiu mais de 7% esta semana, o que aponta para uma subida de 2,3 cêntimos dos preços dos combustíveis em Portugal. Este é o maior aumento semanal desde meados de julho, o que colocará o preço do diesel em 1,24 euros por litro. Vai estar muito próximo do máximo de março atingido no final de agosto (1.241 euros).

Esta será a terceira semana consecutiva, seguida de uma subida dos preços dos combustíveis em Portugal, em linha com a evolução dos preços do mercado petrolífero. O Brent (petróleo que serve de referência para as importações portuguesas) tem vindo a subir há quatro semanas e nas últimas cinco sessões avançou perto de 7%. O petróleo está sendo negociado em seus níveis mais altos desde março, com o mercado incorporando que os avanços em medicamentos em vacinas contra o covid-19 causarão uma retomada na demanda por combustíveis rodoviários e outros derivados de petróleo.


Os cálculos baseiam-se na evolução destes dois produtos petrolíferos (gasóleo e gasolina) e do euro. Mas o custo do combustível na bomba dependerá sempre de cada posto, da marca e da área onde está localizado.

Os novos preços têm em consideração as variações apuradas pelas Empresas face ao preço médio praticado em Portugal esta semana e divulgado pela Direcção-Geral de Energia e Geologia (DGEG).

Os cálculos do negócio baseiam-se em contratos diferentes dos seguidos pelas petrolíferas (embora a evolução seja habitualmente semelhante), e os dados disponíveis para o negócio só estão disponíveis até quinta-feira (falta um dia de negociação).

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