Pensões superiores a 658 euros e benefícios congelados, mas com unha preta

O Instituto Nacional de Estatística (INE) deverá confirmar na segunda-feira a estagnação da maioria das pensões e prestações sociais em 2022, antecipando os dados finais sem evolução positiva na variação média do índice de preços ao consumidor nos 12 meses até novembro, sem contar habitação preços.

Juntamente com a média do crescimento real do PIB dos últimos dois anos apurada no terceiro trimestre, este é o indicador que garante que haja atualizações, mas desde o verão tem se mantido estagnado na marca zero. Os dados provisórios do final do mês passado apontavam para 0,07% a menos, e dificilmente haverá surpresas diante da queda do consumo e da forte retomada das restrições à circulação no mês passado.

Desta forma, apenas será garantida a atualização das pensões inferiores, até 658 euros, para as quais o Orçamento do Estado oferece um acréscimo de dez euros a partir de janeiro.

Mas os efeitos da pandemia nos preços e no crescimento não limitam apenas a progressão das pensões acima de 658 euros no próximo ano. A evolução dos valores e das condições de acesso a muitos benefícios sociais também será dificultada, uma vez que estes dependem do índice de apoio social (IAS).

O IAS, tal como a anulação das pensões, depende da existência de uma variação positiva do índice de preços ao consumidor, bem como do PIB.

Criado em 2007 com referência ao salário mínimo que vigorava em 2006 (385,90 euros), o indexador avançou em 13 anos de existência apenas por seis vezes. Devido à última crise, ficou congelado entre 2009 e 2017, e desde então tem aumentado com o crescimento e a inflação.

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