Queda de frio agravará o clima em alguns dias

chuva;  queda fria
No meio desta semana, a intrusão de uma gota fria em território continental vai deixar muita instabilidade.

Após uma semana marcada pela forte influência das altas pressões associadas ao anticiclone dos Açores, em menos de 72 horas começaremos a notar os primeiros sinais de um agravamento significativo das condições meteorológicas. O ambiente ensolarado, estabilidade atmosférica, os horários centrais do dia marcados pela presença de temperaturas máximas acima da média para a temporada e a ausência total de chuva literalmente tem os dias contados.

Um jato polar muito ondulado e a provável formação de uma gota fria

De fato, a tendência apresentada pelos mapas de previsão aponta para a movimentação do anticiclone para a Europa Central a partir deste domingo, como consequência das ondulações do jato polar. Assim, a última semana de novembro começará estável, mas no meio da semana haverá uma queda de frio associada a uma perturbação polar.

Precisamente, será uma dessas ondulações, e em particular devido a um cavado (sistema de baixa pressão), o responsável pelas mudanças que certamente teremos na próxima semana. Segunda-feira (23) ainda será um dia estável, mas um pouco mais frio e nublado, sem chuva e com bons períodos de sol. Em terça começar a chegar no país primeira garoa associada à instabilidade meteorológica.

O período mais crítico da passagem da depressão isolada em altitude, ou queda de frio, será na próxima quarta-feira, 25 de novembro.

No momento, o Modelo europeu lembra que o cavado do Atlântico, que aliás já vai deixar instabilidade nos Açores nas próximas 48 horas, podem entrar em território continental pela costa atlântica, apresentando circulação fechada. É o processo típico de formação de uma gota fria.

O período mais crítico para cruzar esta depressão isolada em altitude, ou queda de frio, será na próxima quarta-feira, 25 de novembro. Deve deixar chuva fraca, por vezes moderada, intercalada com períodos de chuva forte no lado atlântico de Portugal, cobrindo um caminho de Viana do castelo, passando por Porto, Coimbra, Lisboa, até chegar ao Algarve. Existe um risco chuva excessiva localmente, além de estar acompanhado por trovoada e vento moderado a forte do quadrante sul.

Afirmação de frio, vento e possível queda de neve

Com esta situação, as chuvas podem ser particularmente intensas na metade ocidental do país, onde podem causar inundações, mas em vez disso, no interior eles não serão mais tão significativos. No entanto, devido ao marcado resfriamento noturno, e o ar polar associado com a queda de frio que causará uma queda acentuada nas temperaturas, poderemos observar a queda de neve a partir dos 1400 metros de altura em alguns sistemas montanhosos do interior do país.

A instabilidade dos últimos dias de novembro será, além dos fatores já mencionados, potencializado e intensificado pelos ventos do Sul e Sudeste que soprará moderado, às vezes forte nas terras altas do Norte e Centro.

Desta forma, um estado de tempo mais característico aparecerá na época do ano em que estamos, inverno, com chuva, frio, vento, neve e até mesmo uma tempestade. Deve-se notar que a formação e desenvolvimento de um queda fria não é necessariamente pejorativo já que não é sinônimo de chuva torrencial. Na verdade, pode ser bastante benéfico para áreas e culturas agrícolas que ainda não têm água e sofrem com a seca. Na quinta e na sexta-feira, a chuva vai abrandar e o ambiente frio e nublado vai persistir.

Leave a Comment

O seu endereço de email não será publicado. Campos obrigatórios marcados com *

Scroll to Top