“Restringir o acesso à tecnologia nunca é bom”, disse o executivo-chefe da Oi sobre o veto da Huawei – 07/02/2020

Analisando a guerra comercial entre os Estados Unidos e a China, que poderia levar a um veto à presença chinesa da Huawei no Brasil, o presidente da Oia, Rodrigo Abreu, disse que “restringir o acesso à tecnologia nunca é bom”.

O executivo observou que houve uma concentração no mercado de fornecedores de equipamentos no Brasil na última década. Como resultado, o número de grandes empresas caiu de oito para três (Huawei, Ericsson e Nokia).

Abreu argumentou que o mercado deveria ser livre, desde que acompanhado de medidas que garantam a cibersegurança dos negócios. E ele observou que os maiores vazamentos de dados recentes ocorreram nos EUA e não nas empresas chinesas.

O executivo não nomeou. Mas vale lembrar que no ano passado, por exemplo, centenas de milhões de dados de usuários do Facebook foram expostos nos servidores da Amazon.

As declarações foram feitas recentemente, no Experience Live Club.

Como a Broadcast mostrou em um relatório na sexta-feira, dia 26, a crescente pressão do governo dos EUA para limitar a presença da Huawei chinesa no mercado de telecomunicações em vários países preocupa as operadoras que operam no Brasil, que vêem um risco de concentração no fornecimento de equipamentos, tecnologia limitada e aumento custos trabalhistas que seriam repassados ​​aos consumidores.

Nas próximas semanas, os representantes das empresas de telecomunicações buscarão uma agenda com os ministros do governo Jair Bolsonaro para empreendedores que defenderão a continuidade da Huawei no mercado doméstico.

Durante o show de hoje, o presidente Oi também disse que espera uma importante transformação da sociedade após a chegada do 5G. A nova tecnologia oferecerá maior velocidade de conexão, menos tempo de atraso e maior capacidade da antena.

Na prática, isso permitirá velocidades de transferência de vídeo mais rápidas, desenvolvimento de realidade virtual e novos recursos para cidadãos, empresas e governos. “Não será um impacto imediato, mas mudará significativamente nossas vidas nos próximos 10 anos”, comentou.

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