Reyana Dias, a primeira-dama do Piauí, é o alvo da ação de PF; policiais revistam a casa do governador Wellington Dias

A PF (Polícia Federal) revistou hoje a casa do governador do Piauí, Wellington Dias (PT) e da primeira-dama, Reyana Dias (PT-PI), em Teresina. O escritório de Rejane, que é o deputado federal, também foi um dos alvos da operação em Brasília. A primeira-dama já era chefe da Secretaria Estadual de Educação, no foco da investigação que motivou a busca.

Segundo a PF, as ações fazem parte da terceira fase da Operação Topique, que investiga desvios de até R $ 50 milhões em educação no Piauí. Foram executadas 12 ordens de busca e apreensão, incluindo a casa do irmão Rejana e a sede do departamento de educação do estado.

Os pedidos foram expedidos por um tribunal federal do Piauí. Para cumprir seu mandato no gabinete de deputado em Brasília, a ministra Rosa Weber do STF (Supremo Tribunal Federal) teve que emitir uma procuração por causa do fórum privilegiado de Rejane.

A Operação Topique começou em 2018 e está investigando um suposto esquema de educação criminal no Piauí para fraudar ofertas de transporte escolar. O programa desviaria pelo menos 50 milhões de recursos do Fundeb (Fundo para Manutenção e Desenvolvimento da Educação Primária) e do PNATE (Programa Nacional de Apoio ao Transporte Escolar).

Pesquisas mostram que o esquema existiu entre 2015 e 2016, período em que Rejane era secretária de educação do Piauí. Diz-se que os membros do portfólio contrataram empreendedores no setor de aluguel de carros para assinar contratos supervalorizados para fornecer serviços de transporte escolar.

As ações de hoje são realizadas pela PF em parceria com o Supervisor Geral Federal (CGU) e o Ministério Público Federal (MPF). Todos os crimes da organização criminosa, lavagem de dinheiro e fraude em leilão são investigados e todos estão relacionados ao departamento de educação do estado.

27 DE JULHO DE 2020 – Operação de PF contra Reyana Dias (PT), primeira-dama do Piauí

Imagem: Detecção / PF

Os contratos ainda estão ativos

Como parte da mesma investigação, a PF também realizou satélites operacionais no ano passado. Além disso, a investigação aponta que o esquema se aplica até hoje, pois o governo do estado continua mantendo contratos com empresas suspeitas de integrar atividades criminosas.

“Mesmo após duas fases atraentes da operação, o governo do estado do Piauí mantém contratos ativos com empresas participantes do esquema criminal, totalizando Rs 96,5 milhões, celebrados entre 2019 e 2020”, diz PF em nota.

Segundo a corporação, essas empresas “formaram um consórcio criminal estável e estruturado”, que simulava lances competitivos e se envolvia com funcionários do governo que se beneficiavam de fraudes.

A PF também alega que as mesmas empresas praticam fraude do tipo “em dezenas de municípios do Piauí desde 2008”, criando “insegurança” para estudantes de escolas públicas, cujo transporte escolar foi fornecido por trabalhadores em serviço com excesso de trabalho.

Rejane exige respeito pela lei

Em uma nota, Rejane se defendeu e disse que aceitou o desenvolvimento da operação com facilidade. O deputado acrescentou que “desde o início permanece disponível para esclarecer todas essas alegações” e que, durante o exercício à frente da Secretaria de Educação “, sempre atuou de acordo com a lei, com o objetivo de melhorar os índices educacionais e ampliar o acesso à educação para o povo. Piauia “.

Seduc (Departamento Estadual de Educação do Piauí) disse que estava cooperando com a investigação da Polícia Federal em andamento e sempre deixou claro o controle de órgãos para esclarecer quaisquer questões “, com vistas à transparência e ao bom funcionamento da administração pública”.

27 de julho de 2020 - Nariz apreendido durante operação de PF contra Rejana Dias (PT-PI) - Detecção / PF - Detecção / PF

27.jula.2020. – Dinheiro confiscado durante operação de PF contra Rejana Dias (PT-PI)

Imagem: Detecção / PF

Governador diz que ação “mostra”

Por meio de uma nota, o governador Wellington Dias disse que houve “outro show em nome da investigação”. “Essa operação já é a terceira questão, um processo que vem de 2013, quando eu nem era governo, e em contratos que seguiam o padrão nacional, pagamento por quilômetro percorrido”, afirmou em nota.

Segundo ele, quando Rejane assumiu o cargo de Ministro da Educação em 2015, ele deveria começar a lecionar em fevereiro, os contratos expiram e com base em conselhos técnicos e na lei, levando em consideração a necessidade de não prejudicar os alunos que precisam de transporte escolar, o contrato foi renovado, dando tempo para novas ofertas e novos contratos.

“Fizemos uma mudança que agora é um modelo para outros estados e municípios, nos quais começamos a pagar por estudantes transportados, como se pagasse uma passagem de ônibus. Nesse caso, como diz o processo, o estado seria uma vítima, afirmando que um contratado poderia cobrar mais do tamanho da rota ”, afirmou.

No entanto, segundo ele, a operação na Câmara “na casa onde hoje vivem nosso filho e família, que nunca trabalharam para o estado. Ele é médico e salvou a vida que tirou. coronavírus… o show acabou “.” Ela [Rejane] confirma que ele agiu de acordo com a lei toda a sua vida, que ele tem a consciência limpa, está pronto para cooperar e que agora está esperando o direito de ser ouvido. Eu acho que, infelizmente, muitos shows ainda estão por vir. Felizmente, temos uma lei sobre abuso de poder e lidamos com advogados a esse respeito ”, acrescentou.

Gleisi considera abuso de poder

Presidente de Estado do PT, Deputado Federal Gleisi Hoffmann (PT-PR) se opôs à operação com uma nota oficial divulgada pelo partido no final da manhã. Segundo ela, houve abuso de poder. “Esse é outro desvio no qual agentes do estado e do governo federal são usados ​​para perseguição política”, diz a nota.

“A invasão da residência do governador e sua família pela polícia federal, além da tentativa ilegal de atacar o escritório de Reyana, é uma notória operação da mídia de perseguição e destruição da imagem pública. Os abusos foram cometidos com base em uma operação governo em Wellington Diaz “, acrescentou.

Além disso, segundo o presidente do PT, “o governo do Piauí não é suspeito neste caso, mas seria vítima de atos supostamente cometidos em administrações anteriores”. “O departamento de educação sempre foi disponibilizado às autoridades, e Rejane, uma ex-secretária do portfólio, pediu às autoridades que, em vão, cooperassem com investigações, que não envolvem o governo do estado, mas empresas que prestam serviços de transporte. Escolas”, diz ele.

* Com informações da Agência Brasil

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