A economia portuguesa continua a recuperar da queda provocada pela pandemia, mas o ritmo abrandou em agosto, de acordo com o indicador composto avançado da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Económico (OCDE) divulgado esta terça-feira, 14 de setembro.
O indicador ajustado (CLI) apresentou variação de 0,02% em termos mensais, em relação a julho. Na comparação com o mesmo mês do ano passado, a variação foi de 3,53%, para um valor de 98,47 pontos. Ou seja, os valores indicam uma fase estável de recuperação da atividade econômica.
Em julho, o CLI apresentava uma variação mensal de 0,04% e uma variação homóloga de 4,28%. Agosto, portanto, sinaliza uma ligeira desaceleração.
Mas também no conjunto das 33 economias analisadas, o ritmo de recuperação moderou-se em agosto, no Canadá, na zona do euro como um todo (incluindo Alemanha e Itália) e no Reino Unido.
Na França, o indicador antecedente composto aponta para moderação do ritmo de crescimento e se mantém abaixo dos níveis de tendência. Em contraste, os indicadores dos Estados Unidos e do Japão agora apontam para um crescimento estável acima dos níveis de tendência.
Entre as principais economias emergentes, os indicadores compostos da Rússia e da China apontam para um aumento constante do crescimento acima dos níveis de tendência.
O indicador para a Índia permanece abaixo da tendência, mas continua mostrando um crescimento constante, enquanto para o Brasil o indicador continua a antecipar uma desaceleração no crescimento acima do nível de tendência.
A OCDE alerta que, apesar do progresso nas campanhas de vacinação e do levantamento das restrições, incertezas persistentes podem resultar em flutuações acima do normal nos indicadores e seus componentes. A organização com sede em Paris adverte contra a interpretação de dados que não devem ser lidos como uma medida do grau de crescimento da atividade econômica.
Com Lusa