Saiba do que é feita a nova vacina contra o coronavírus; conheça a substância

Veja uma pequena explicação sobre as substâncias presentes nas vacinas Covid-19

O novo coronavírus é um caracol pontiagudo com cerca de 100 nanômetros de diâmetro (menos de um milésimo de cabelo de espessura) que consiste principalmente em proteínas, material genético e, no caso do Sars-CoV-2, lipídios. Para fazer uma vacina, você deve pedir emprestado ao patógeno pelo menos uma dessas partes.

A maneira mais simples é usar um pacote completo, ou seja, produzir muitas partículas de vírus, matar esses vírus e injetá-los na pessoa que está sendo imunizada. São vacinas inativadas, como a Coronavac, desenvolvida em parceria entre a farmacêutica chinesa Sinovac e o Instituto Butantan de São Paulo. Um método semelhante é usado para vacinação contra influenza.

Nesse processo, o vírus produzido em laboratório é tratado quimicamente com uma solução de formaldeído (formaldeído), que o mata sem destruir a estrutura. Isso permite que o sistema imunológico o reconheça uma vez no corpo, o que desencadeia a criação de memória imunológica. Isso permite que o corpo responda de forma mais eficaz à infecção real.

Enquanto os vírus da vacina da gripe são produzidos pela infecção de ovos de galinha, os do Coronavac se multiplicam em células do tipo Vero. Essas células foram coletadas na década de 1960 dos rins de um macaco africano do gênero Chlorocebus e têm sido cultivadas em laboratório desde então.

Além do vírus inativado, a seringa da vacina também contém água, alguns sais, estabilizantes e hidróxido de alumínio auxiliar, que tem o papel de aumentar a resposta imunológica do corpo.

Outras sugestões

A proposta das farmacêuticas Pfizer, em parceria com a BioNTech e a Moderna, vai em outra direção. Aqui, a grande estrela é o material genético do vírus, feito de RNA.

Uma explicação para a velocidade de produção e teste dessas vacinas é que elas são feitas por síntese química, sem dependência de organismos vivos, como no caso das vacinas inativadas.

A tecnologia, que até então não era usada em vacinas humanas, consistia na utilização de um segmento do material genético do vírus, no caso o responsável pela síntese protéica, S, spikes, estruturas responsáveis ​​pela ligação do vírus às células do trato respiratório e posterior invasão.

Felizmente, neste caso também não é possível que a vacina desenvolva a doença porque não há dados para produzir o vírus completo.

Este RNA está encerrado em uma pequena bolha lipídica, nanopartículas especialmente desenvolvidas e montadas para terem duas características: preservar a integridade do RNA e permitir, após a injeção, a “entrega” do RNA diretamente às células da pessoa.

A injeção da vacina de RNA contém outras moléculas importantes, como o polietilenoglicol, que permite maior vida do RNA nanoencapsulado dentro do corpo humano, preservando o potencial da vacina. A sacarose, também presente, ajuda na estabilidade e integridade em diferentes temperaturas.

O conteúdo do frasco da vacina Pfizer deve ser diluído com solução salina a 0,9%, que também é usada para infusão de drogas, limpeza de feridas, irrigação nasal e lavagem de lentes de contato.

Nas duras negociações entre a Pfizer e o governo federal, um dos destaques foi que a farmacêutica não fornecia o diluente e não poderia ser responsabilizada pelos efeitos colaterais.

Entre os vacinados com o imunizador Pfizer, houve casos de reação anafilática (que pode incluir dificuldade para respirar, inchaço e outros sintomas), mas a solução salina provavelmente não é a culpada.

No citoplasma, dentro da célula, o RNA é lido e, a partir de suas instruções, são criadas proteínas virais que alertam o sistema imunológico e o preparam para combater qualquer infecção.

Não há risco de alterar o genoma humano por dois motivos: o primeiro é que o RNA nem chega ao núcleo da célula, onde estão armazenados os cromossomos que contêm nossos dados genéticos; a outra é que nossa informação genética é codificada como DNA, não como RNA.

As vacinas do consórcio Oxford-AstraZenec e do Instituto Gamaley na Rússia usam DNA. Mas é uma versão encapsulada do material genético do Sars-CoV-2 dentro de outro tipo de vírus, o adenovírus.

Nestes casos, o objetivo é também produzir a famosa proteína S e ativar o sistema imunológico. O vírus em questão é chamado de “recombinante” porque combina informações genéticas de diferentes fontes – o próprio adenovírus e aquelas introduzidas por cientistas.

Uma grande vantagem sobre as vacinas de RNA é o preço e o armazenamento em refrigeradores convencionais, ao invés de freezers a -20 ° C (vacina Moderna) ou -70 ° C (Pfizer).

Ingredientes

Entre os componentes desse tipo de vacina estão os estabilizadores, com o polissorbato 80 (também usado em sorvetes), junto com moléculas amplamente utilizadas em medicamentos e outras vacinas, que ajudam a preservar as partículas virais intactas, seja pela manutenção do pH da solução ou pela concentração de íons na solução.

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