Serra manteve o dinheiro da corrupção no exterior até 2014, diz Lava Jato – 07.07.2020

O senador José Serra (PSDB) reteve no exterior, pelo menos até setembro de 2014, a maioria dos US $ 4,5 milhões em subornos enviados para uma conta bancária. perto da costa relacionados, conforme apontado pelo MPF-SP (Ministério Público Federal de São Paulo) em documento que acompanha o apelo enviado ao Poder Judiciário na última sexta-feira (3) e publicado hoje.

É uma cota para uma denúncia (uma explicação detalhada de certos aspectos processuais) que também foi encaminhada ao judiciário na sexta-feira, no mesmo dia em que o voo operacional foi lançado, que deseja encontrar mais pistas para outras investigações e atribuí-las a crimes. Governador de São Paulo.

Foi o fato de ele ter mantido a maior parte do dinheiro no exterior até 2014 que permitiu ao grupo de trabalho Lava Jato em São Paulo denunciar José Serra e sua filha Verônica Allende Serra, 6º Tribunal Penal Federal em São Paulo, por lavagem de dinheiro. dinheiro. O sexto tribunal ainda não decidiu se Serra e Verônica serão réus ou não.

Serra escondeu o dinheiro, diz MPF

O ex-governador pediu e recebeu um suborno de US $ 4,5 milhões, pago pela Odebrecht em 23 parcelas, a uma conta do Circle Technical pertencente ao lobista José Amaro Pinto Ramos, na filial de Lausanne no Corner Banque, de acordo com a queixa do MPF-SP.

Segundo a denúncia, Ramos enviou 936 mil euros para uma conta offshore em Dortmund, na Suíça – a conta pertence à filha de Serr. O dinheiro permaneceu na conta até atingir 1,1 milhão de euros, em setembro de 2014. Durante o período, Serra realizou apenas dois saques em 2007, no valor de 141 mil dólares.

O dinheiro, o MPF confirma, é “sem nenhum uso em quaisquer custos financeiros, incluindo os custos das campanhas eleitorais realizadas no Brasil”. Em outras palavras, a ocultação de dinheiro enviada por Serra ao exterior durou pelo menos até 2014, segundo a promotoria, o que impede que a lavagem de dinheiro atribuída a ele e à filha seja considerada prescrita, mesmo que o político esteja quase em outubro e a receita para ele contar metade vezes.

Precisamente devido à idade em que Serra não foi condenado por corrupção, mas apenas por lavagem de dinheiro. O crime (suborno), supostamente cometido em 2006, já expirou.

Pinto Ramos não é negado porque sua participação nos fatos expostos na denúncia terminou em 2007. Como ele tem mais de 70 anos, os fatos já expiraram. Pedindo a receita, o advogado de Ramos, Eduardo Carnellós, disse que não fazia sentido procurar e prender seu cliente.

Apelido “vizinho” na planilha da Odebrecht

Segundo o MPF, os fundos que Serra enviou ao exterior foram subornos que ele solicitou pessoalmente à Odebrecht em 2006.

Pedro Novis, ex-CEO da Braskem, que premiou o MPF, foi o contato pessoal de Serro com a Odebrecht por serem vizinhos. Como resultado, Serra recebeu o apelido de “Vizinho” na planilha “setor operacional estruturado”, que calculava as taxas pagas pela Odebrecht a servidores públicos e agentes políticos.

A Novis disse ao MPF que Serra o havia pedido diretamente para depositar US $ 4,5 milhões na conta. Não está claro na denúncia se Serra já foi eleito governador ou ainda está concorrendo à eleição.

O dinheiro do destino após setembro de 2014 não está incluído no apelo porque o MPF ainda não conseguiu divulgar completamente o caminho do dinheiro após essa data.

South Beltway

Dos 23 pagamentos, 12 foram rubricados em uma planilha ligada à parte sul do desvio, a maior obra rodoviária do governo Serra, que liga a rodovia Régis Bittencourt, que liga São Paulo ao sul, com o sistema Anchieta-Imigrantes, que liga a capital costeira.

O MPF nunca negou Serra antes, porque, como mostrou o colunista do UOL Jamil Chad, ele lutou por dois anos na direção de uma batalha para paralisar a cooperação entre países da Suíça.

Um caso envolvendo Paul Preto

O caso Serra, segundo o MPF, está vinculado ao processo de Paulo Vieira de Souza, Paulo Preto e outras nove pessoas serem responsáveis ​​pela lavagem de dinheiro e corrupção nas obras da Rodoanel Sul e do Sistema Rodoviário Metropolitano de São Paulo. , um esquema negado pelo MPF em março de 2019, conforme ensinado pela 6ª Corte. Portanto, uma ação contra o ex-governador deve ser processada.

Paulo Preto já foi condenado Cartel de Rodoane do Sul e sistema rodoviário e em redirecionando recursos para o desvio, Dois processos estão pendentes no Quinto Tribunal. O veredicto foi anulado pelo STJ em um caso de desvio de recursos, 145 anos de prisão, e o processo teve que retornar à fase final de acusações.

O caso não é um crime eleitoral, diz MPF

No entanto, a maior parte da cota que acompanha a denúncia é dedicada a explicar que o caso Serra na Justiça Eleitoral não tem nada a ver com crimes eleitorais.

Segundo o MEF, o fato de o pedido ter sido feito no ano eleitoral de 2006 já expirou. Além disso, o fato de Serra ter deixado quase todo o dinheiro escondido entre 2006 e 2014 provará que o dinheiro não foi usado nas campanhas eleitorais ou para pagar pelas demais campanhas.

O que o senador José Serra diz

Serra diz que a denúncia se baseia em “fatos antigos e prescritos”, referentes a episódios investigados entre 2006 e 2007. Segundo o MPF, Serra estava recebendo pagamentos não administrativos da Odebrecht na época em favor da empreiteira Rodoanel Sul.

“É inconveniente que medidas invasivas e agressivas como as de hoje sejam tomadas sem respeitar a lei e a decisão já tomada pelo Supremo Tribunal nesse caso, com uma medida ilegal que deseja embaraçar e expor o senador da República”, acrescentou a nota.

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