A pandemia covid-19 jogou a TAP em um buraco, com centenas de empregos sendo questionados e cortes de salários em cima da mesa, mas a vacina pode ajudar na sua recuperação, quer na perspetiva de aumento de passageiros, quer numa perspetiva mais imediata, associada ao transporte deste produto no âmbito do programa de vacinação. Isso daria um novo impulso ao segmento de carga, que vem apresentando um desempenho menos negativo do que o de passageiros (no terceiro trimestre a receita de carga diminuiu 23,4%, contra queda de 83,4% nas passagens).
A transportadora, como outras, prepara-se para esse momento, não só em Portugal mas também em mercados como o Brasil. Este país de língua portuguesa está em processo de licitação para escolha os portadores da vacina e a TAP faz parte dos interessados em participar – é a principal empresa europeia a viajar para o Brasil.
Para o transporte de vacinas, uma transportadora aérea pode utilizar as duas aeronaves A330neo que transformou em aviões de carga no primeiro semestre, retirando assentos da classe econômica.
O PÚBLICO contactou a TAP para fazer o balanço dos contactos com o Governo português, mas não obteve resposta. A empresa apenas afirma que já tem experiência neste assunto e que está “garantindo que dispõe das parcerias e meios necessários, como a contratação atempada e adequada de contentores de temperatura controlada e que estará preparada para responder às necessidades de transporte de vacinas contra covid-19 ”.
Questionado se já havia convênio com a companhia aérea, o Ministério da Saúde não respondeu. Com Patrícia Carvalho
