Uma conta de bolso bloqueado acusou o STF de fraude; entender como o corte funcionou – 24.07.2020

Redes sociais como Facebook e Twitter rejeitaram nesta sexta-feira (24) contas vinculadas a apoiadores do presidente Jair Bolsonaro (sem festa). Essas contas foram suspensas com base no comando de STF (Supremo Tribunal Federal), em ação liderada pelo ministro Alexandre de Moraes.

O pedido para bloquear essas páginas está na mesma ordem anunciada pelo ministro em maio, quando ele ordenou uma busca e apreensão contra os acusados ​​de espalhar discursos de ódio e notícias falsas contra ministros da corte. Viés Ele pesquisou no Facebook e no Twitter para descobrir por que as ordens estavam sendo seguidas, mas as mídias sociais se limitaram a dizer que estavam apenas cumprindo as ordens do tribunal.

Entre os nomes que derrubaram as páginas estão o ex-deputado federal Roberto Jefferson (PTB), os empresários Luciano Hang (Havan) e Otávio Fakhoury, a ativista Sara Giromini (conhecida como Sara Winter) e os blogueiros Allan dos Santos e Bernardo Kuster, entre outros. A decisão não diz se a remoção é temporária ou final.

As contas aparecem como “suspensas no Brasil devido a uma ordem judicial”. Em outras palavras, usuários de outros países têm acesso normal a contas e tweets, de acordo com o Twitter página de suporte (em inglês) disponível na mensagem deixada nas faturas.

Eu ordeno o bloqueio de contas em redes sociais, como Facebook, Twitter e Instagram, aquelas que foram investigadas, necessárias para interromper o discurso de ódio, minar a ordem e incentivar o incentivo à normalidade institucional e democrática. Decisão de Alexandre de Moraes

Todos os perfis suspensos são investigados em inquérito de notícias falsas que aparecem no Supremo Tribunal FederalEles são suspeitos de ameaçar e espalhar notícias falsas contra ministros do STF nas mídias sociais.

A decisão é marcada por controvérsia envolvendo possíveis censuras ou violações da liberdade de expressão, tópicos citados por políticos e manifestantes de direita em defesa das contas derrubadas. Na decisão, Moraes diz que os direitos individuais devem “operar dentro dos limites impostos por lei”.

“Direitos e garantias individuais não são absolutos e ilimitados, pois encontram limitações em outros direitos igualmente estabelecidos na Carta Magna [Constituição]”, afirma Moraes.

Mensagens usadas como exemplos

Em maio seguinte, o ministro Alexandre de Moraes citou discursos de ódio e ataques a tribunais como o tema predominante nas mensagens dos suspeitos. Embora as páginas tenham sido removidas da visão dos usuários brasileiros, o pedido contém alguns exemplos usados ​​pelo ministro.

Segundo Moraes, as investigações apontam para a existência de um “escritório de ódio” coordenado, em suas palavras, para “espalhar notícias falsas, insultar ataques a várias pessoas, autoridades e instituições, incluindo o Supremo Tribunal Federal”.

A ordem de maio usou declarações de membros como a parlamentar Joica Hasselmann (PSL-SP), Alexander Frot (PSDB-SP), Nereu Crispima (PSL-RS) e Heitor Freire (PSL-CE), que descreveriam o esquema de conformidade criminal suspeito. mensagem. Alguns exemplos estão abaixo:

Mais que isso. Eles querem caos. Eles estão tentando repetir 1968, onde o então STF lançou lixo terrorista (isso não é coincidência), o que levou o governo a tempo de se solidificar com a AI-5 na preservação da segurança nacional e institucional. Agora eles também querem nos acusar de um golpe (@oofaka [Otávio Fakhoury], 8 de novembro de 2019).

Não é apenas por causa do segundo grau ou da libertação de Lula. Isso é tudo o que Gilmar fez e pode fazer contra o Brasil. Ele é um dos homens mais poderosos do Brasil e acredita que é imune à voz do povo. Não é. Quando o Sapão cair, passaremos para o próximo: Toffoli (@bernardopkuster [Bernardo Kuster], 11 de novembro de 2019).

Após o silêncio da imprensa em relação a TODOS os protestos que ocorreram HOJE, fica claro que Maia, Alcolumbre e STF estão preparando uma desidratação DESCONHECIDA do governo Bolsonaro. Se isso acontecer, o povo ficará em silêncio? (@allantercalivre [Allan do Santos], 18 de abril de 2020).

Eu treinei na Ucrânia e digo: é hora do ucraniano! (Perfil @_Sarawinter [Sara Winter], 20 de abril de 2020).

Eles querem ver quem será o mais idiota: Maia, Alcolumbre ou Toffoli (Perfil @allantercalivre, 19 de abril de 2020).

Ministros hipócritas! Eles acusam os manifestantes que pediram a intervenção dos fraudadores, enquanto esses são os ministros da Suprema Corte que estão realizando um golpe contra a CF e as liberdades garantidas do indivíduo. (@Oofaka profile, 22 de abril de 2020).

As suspeitas do ministro levantaram suspeitas de que ele faria parte de um esquema para divulgar notícias falsas nas mídias sociais, “revelando o perigo de ferimentos, com suas notícias ofensivas e falsas, independência do governo e Estado de Direito”.

Modo de operação

A investigação incluiu uma análise especializada que pesquisou as seguintes palavras-chave no Twitter: #impeachmentgilmarmendes, #STFVergonhaNacional, #STFEscritoriodocrime, #hienasdetoga, #forastf, #lavatoga, STF, SUPREMO, IMPEACHMENT, toffoli ou gilmar.

O relatório do especialista também aponta que os ataques ao STF começaram em 7 de novembro de 2019, inicialmente sem hashtags ou com #STFVergonhaNacional. Eles seguiriam a seguinte metodologia:

  • perfis influentes desencadeiam ataques selecionando um tópico, por exemplo, impedimento de membros do STF;
  • Nesse estágio inicial, esses perfis não usam a hashtag para espalhar o ataque selecionado, geralmente usando seus seguidores para “criar” a hashtag e iniciar uma ação. Dessa forma, os influenciadores não apareceriam como criadores de hashtag;
  • Seus seguidores então introduzem a hashtag selecionada e os membros influentes aceitam e, de uma maneira aparentemente coordenada, diminuem ainda mais sua adoção por seus seguidores, para que ela atinja os Tópicos de Tendências do Twitter;
  • Quando atinge os tópicos mais assistidos, sua visualização se expande significativamente além da bolha, alcançando muitos outros usuários que não são seguidores das influências iniciais.

Com as evidências, Moraes ordenou uma série de medidas em maio contra o povo que comandava as redes bolcheviques. A investigação foi um dos principais pontos de atrito entre o governo federal e o STF.

Recentemente, em outra ação, o Facebook derrubou uma rede de bolsonistas acusados ​​de comportamento não autorizado coordenados em uma plataforma encabeçada por nomes associados ao presidente Jair Bolsonar e seus filhos. A rede social usou elementos explorados pelo STF para reduzir as páginas.

Leave a Comment

O seu endereço de email não será publicado. Campos obrigatórios marcados com *

Scroll to Top