A Fundação ignora o ultimato de Mário Frias e mantém a Cinemateca – 17.07.2020

A Fundação Roquette Pinto, que controla a Cinemateca (com sede em São Paulo), desconhecia “ultimato” Secretário Especial de Cultura, Mário Frias.

Ele solicitou a “entrega das chaves” do órgão audiovisual à sua secretária em uma carta enviada pelo funcionário no último dia 8.

Como previsto nesta coluna hoje, Frias e o ministro do Turismo Marcelo Álvaro Antônio tentam, desde a semana passada, criar uma “narrativa” que Roquette está “impedida” de ter acesso à Cinemateca para “cuidar” do órgão.

De fato, nenhum deles fez nada para regular o estado da Cinemateca, pelo qual o governo deve mais de R $ 14 milhões, e está fechado e ameaçado por um grave acidente por falta de segurança.

A fundação respondeu a Frias com uma carta (veja a figura acima para ilustrar este texto) no qual ele diz que o ultimato é um “ato vazio” e que, grosso modo, ele não entregará nada antes que o secretariado regule os pagamentos e a situação contratual.

Em outras palavras, Frias não terá mais o controle do complexo que abriga a maior coleção de audiovisual e cinema da América do Sul e agora está localizado na região de Vila Clementino, em São Paulo.

A resposta é, de certa forma, uma derrota humilhante para o ex-ator “Malhação” (Globo), recentemente nomeado secretário especial para substituir também a ex-atriz mundial Regina Duarte: ele queria falar e registrar “o contrário”.

Embora ele confirme constantemente que é um aliado incondicional do governo Bolsonaro, Mário Frias não tem simpatia ou apoio de boa parte do exército, nem mesmo de muitos “olavistas”, que o consideram inegável.

Mesmo antes de assumir o cargo, ele foi submetido a um processo de “fritura” semelhante ao qual seus colegas veteranos foram submetidos.

Em tom cada vez maior, a Fundação Roquette Pinto também se reunirá para decidir se deve entrar com um processo por difamação e difamação contra um funcionário que tentou entrar na Cinemateca para “pegar as chaves”.

Segundo as testemunhas de Roquette, o servo era agressivo e desonesto em relação aos funcionários da fundação.

Padrões milionários

O governo federal deve mais de US $ 14 milhões à fundação para manter a coleção desde o ano passado. A Cinemateca custa cerca de US $ 1,3 milhão por mês e sua coleção requer manutenção altamente especializada.

Em uma proposta que poderia ser considerada surreal, a secretaria (ainda sob a administração de Regina Duarte) propôs a rescisão do contrato com a fundação; que Roquette demitiu todos os 150 funcionários que trabalhavam lá e, além disso, assumiu o ônus de demitir trabalhadores.

Ele também sugeriu que a Cinemateca fosse fechada até o final do ano.

O contrato, no entanto, dura até 2022 e Roquette Pinto foi a tribunal para exigir o cumprimento da lei.

O Ministério Público Federal entrou no caso e está investigando a situação.

Os promotores, segundo documentos, já descobriram que um dos principais responsáveis ​​pelo “imbróglio” é o ex-ministro da Educação Abraham Weintraub. Foi ele quem decidiu rescindir unilateralmente seu contrato com a Cinemateca no ano passado.

Ele também completou um contrato do Ministério da Educação com a TV Escola. Em um caso severo de desinformação, o Weintraub considerou que a concessão e a marca TV Escola pertenciam ao governo federal.

Seu plano era entregar a TV aos “olavistas”. Mas depois de expulsar os funcionários de Roquette Pinto do ministério, ele revelou que o nome e a concessão pertencem à fundação.

SP está preparando uma biblioteca de cinema

A situação piorou em Brasília quando Frias e o ministro do Turismo Marcelo Álvaro Antônio descobriram que a Prefeitura de SP, chefiada por Bruno Covas, e a Prefeitura de SP decidiram ajudar a manter a cobrança e pagar os atrasados.

Como Bolsonaro, eles também acreditam que há uma “conspiração” do governador João Dóri Jr. e do prefeito Bruno Covas para prejudicar o presidente de alguma forma. E foi a ajuda do cinema que foi uma das maneiras encontradas.

A coleção da entidade está em risco de incêndio porque não há sistemas de segurança, bombeiros e pelo menos um gerador que quebrou – e, é claro, porque possui uma enorme quantidade de material inflamável.

Como esta coluna previu hoje exclusivamente, a cidade de São Paulo já está pagando as primeiras contas e planos para ajudar a reativar o complexo e devolver os funcionários.

Isso causou revolta ainda maior entre os “olavistas” brasileiros que ainda controlam parte do Departamento de Cultura, o Ministério da Educação e Turismo.

A cidade de SP auxilia a Cinemateca por meio do SPCine, agência criada em 2015 pela gerência de Fernando Haddad (PT), que facilita o desenvolvimento da indústria audiovisual e, de São Paulo.

Como a Cinemateca está em São Paulo e é um patrimônio histórico e cultural, nada impede que prefeitos e vereadores tomem medidas municipais “para manter a instituição em sua posição. E isso em um local seguro.

Ricardo Feltrin em Twitter. Facebook. Instagram e Opa site

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