Carlos do Carmo, do Foto de Portugal, ‘Sinatra’ morre aos 81 anos

LISBOA (Reuters) – O cantor português Carlos do Carmo, um dos artistas mais queridos do país, conhecido como o “Sinatra” da música comovente e deprimente, morreu sexta-feira aos 81 anos.

Do Carmo, nascida em Lisboa em 1939, despediu-se dos palcos no ano passado. Em 2014 tornou-se o primeiro artista português a receber o prémio Latin Grammy Lifetime Achievement Award.

A imprensa portuguesa noticiou que ele morreu de aneurisma da aorta na véspera de ano novo no Hospital de Santa Maria, em Lisboa.

“Carlos du Carmo não é apenas um notório cantor fotográfico … uma das maiores contribuições que deu à cultura portuguesa foi a forma como actualizou o Fado e o fez para o futuro”, escreveu o Primeiro-Ministro António Costa no Twitter.

“Ele é a voz de Portugal”, disse o presidente Marcelo Rebello de Sousa à Broadcast TV.

A foto, que surgiu nas ruas e restaurantes de Lisboa no século XIX, revela a tendência portuguesa de ser “su date” – não existe uma tradução direta da palavra, mas remete para um sentimento amargo doce.

Embora as canções tradicionais de fotografia tenham sido o foco da carreira de Carmo, ele deu seu próprio toque ao estilo musical de artistas que vão desde músicos brasileiros da Posa Nova até Frank Sinatra, às vezes cantando com uma banda em vez da tradição de um cantor e um grupo de dois guitarristas.

Ele levou a foto do Royal Albert Hall em Londres ao Town Hall em Nova York para os maiores palcos do mundo. Ele também supervisionou um filme sobre Foto, que estreou no Festival Internacional de Cinema de Toronto de 2007.

Em 2009, Du Carmo foi eleito pelo então autarca de Lisboa como embaixador do género candidato a Património Mundial, juntamente com a ilustre fotógrafa Marisa, premiado pela UNESCO dois anos depois.

Homenagens foram feitas nas redes sociais pela notícia de seu falecimento. A Marinha portuguesa postou no Twitter esta sexta-feira que Lisboa, a cidade que mais divulgou as melhores canções de um carro, “acordou hoje triste”.

(Relatório de Caterina Demoni; editado por Victoria Walters e Angus Maxwan)

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