DeFato.com – Mossoró

Postado às 12h00 12 de dezembro de 2022 | escritório editorial

Arbovírus: Sesap alerta para a importância do controle, monitoramento e prevenção

Foto: ilustração
Aedes Aegypti, um mosquito transmissor da dengue

Edinaldo Moreno / jornalista da REVISTA DE FATO

Diante da chegada do período sazonal de arbovírus ao Rio Grande do Norte (novembro a maio), quando altas temperaturas aliadas às chuvas permitem a proliferação do mosquito Aedes aegypti transmissor de arbovírus, a Secretaria de Estado de Saúde Pública (Sesap) alerta a população potiguar de a importância das medidas de controle, vigilância e prevenção associadas a essas doenças no RN.

Sílvia Dinara, oficial técnica do Programa Nacional de Controle da Dengue, destaca que entre as ações que os municípios devem realizar neste período estão ações educativas com a população, limpeza e elaboração de plano municipal de contingência para arbovírus. de acordo com o Plano Nacional, que a Sesap apresentou aos municípios nas reuniões da Comissão Intergovernamental Bipartite (CIR).

“Os arbovírus já são endêmicos no estado e estamos próximos de um período epidêmico, quando precisamos intensificar a prevenção e o controle da assistência. Portanto, é importante que as esferas municipal e estadual intensifiquem as ações de combate aos arbovírus. Além disso, é preciso que a sociedade faça a sua parte, que cada morador cuide de sua casa, com foco na limpeza, destinação adequada do lixo e retirada de possíveis locais para reprodução do mosquito ”, afirmou.

A Secretaria Estadual de Saúde divulgou nesta semana o último relatório de epidemia de arbovírus no Rio Grande do Norte, que traz dados sobre notificações de casos confirmados e suspeitos de dengue, chikungunya e zika em todo o território de Potiguar. O documento cobre o período entre a 1ª e 48ª semana epidemiológica, que terminou em 4 de dezembro de 2022 e foi publicado nesta semana.

Em Mossoró, foram confirmados 188 casos de dengue em um período de 288 casos prováveis ​​notificados entre janeiro e dezembro deste ano. Ainda de acordo com a atualização da Sesap, a incidência de casos por 100 mil habitantes é de 96,85%.

Quanto à chikungunya, houve 83 casos confirmados da doença em 100 casos notificados. A incidência de chikungunya foi de 33,63 para cada grupo de 100.000 habitantes. Dos 21 casos prováveis ​​de zika, 15 foram confirmados. A segunda maior cidade do Rio Grande do Sulu tem incidência de 7,06 na mesma proporção da população.

Dados do Centro de Controle de Zoonoses da Secretaria Municipal de Saúde (CCZ / SMS) indicam risco médio de infecção de prédios pelo mosquito Aedes aegypti no município. O último levantamento mostra que o índice era de 2,3%. Este é o menor registrado no ano.

Quatro bairros da cidade apresentam as taxas mais altas. O maior está cadastrado na Casa Jaime Câmar. A posição na parte leste da cidade representa um índice de 6,4%. Em seguida vem o distrito de Bom Yardim com 6,4%. Com 6,2% está o distrito de Paredões, e o quarteto com os maiores índices é Aeroporto, com 4,9%.

O governo do CCZ pede à população que continue o trabalho profilático, a fim de evitar a propagação do Aedes, e continue os preparativos para a estação das chuvas, onde a frequência de surtos do Aedes é maior.

GRANDE RIO NORTE

De acordo com o documento, foram notificados no RN 6.761 casos suspeitos de dengue, dos quais 1.195 foram confirmados, 4.018 casos foram considerados prováveis, 2.743 foram rejeitados e 1 óbito confirmado.

Quanto à chikungunya, até a 48ª semana epidemiológica, foram notificados 5.484 casos suspeitos da doença no RN, 1.612 casos foram confirmados, 4.543 casos foram considerados prováveis ​​e 941 foram rejeitados e nenhum óbito foi confirmado.

Quanto ao Zika, entre a semana epidemiológica de 1 a 48. 2022 no RN, foram notificados 812 casos suspeitos da doença, com 168 casos confirmados, 447 casos são considerados prováveis, 365 foram rejeitados e nenhum óbito foi confirmado.

O relatório mostra que a região de saúde V (com sede em Santa Cruz) é a que apresenta a maior incidência de casos prováveis ​​de arbovírus no RN, considerando as três doenças.

PREVENÇÃO

O Ministério da Saúde do Estado está intensificando, junto com a população, os cuidados necessários para prevenir a proliferação do mosquito Aedes aegypti. Existem quase uma dúzia de diretrizes para residentes do estado.

Entre as recomendações estão: proteger o quintal de possíveis criadores de mosquitos; limpeza de recipientes de água e tanques de água para animais; evite jogar lixo em lotes vazios; tanques de água sempre fechados; receber um agente endêmico, entre outros.

ELE

– Manter pátios sem possíveis criadouros do mosquito;

– Limpe os tanques de água dos seus animais ou tanques de água com uma esponja;

= Não coloque lixo em espaços vazios;

– Mantenha sempre os tanques de água cobertos;

– Observe vasos de plantas e vasos nos quais a água estagnada se acumula;

– Observe os locais onde a água estagnada pode se acumular como: bandejas para fontes e geladeiras, ralos, pias e vasos sanitários não utilizados;

– receber a visita de um agente endêmico, aproveitando a oportunidade para esclarecer possíveis dúvidas;

– Mantenha pneus inúteis e outros objetos que possam acumular água em local coberto.

O que são arbovírus?

Os arbovírus são doenças causadas por arbovírus e transmitidas por artrópodes como o Aedes aegypti. Uma das principais infecções por esse vetor Aedes aegypti em áreas urbanas torna os arbovírus um dos maiores problemas de saúde pública no mundo.

As infecções por arbovírus, incluindo dengue, chikungunya e zika, são doenças emergentes e recorrentes importantes. São considerados graves problemas de saúde pública em todo o mundo devido à alta morbimortalidade.

A dengue é considerada a doença viral mais importante transmitida pelos mosquitos Aedes, e o principal vetor é o Aedes aegypti. Ela se manifesta clinicamente em duas formas principais: dengue clássica e forma hemorrágica. É uma doença febril aguda, sistêmica e dinâmica que pode representar um amplo espectro clínico, desde assintomáticos até casos graves.

Chikungunya é um arbovírus transmitido pela picada de fêmeas infectadas com Aedes aegypti. A doença apresenta três fases: aguda, pós-aguda e crônica. A fase aguda da doença dura de 5 a 14 dias. A fase pós-aguda dura até 3 meses. Se os sintomas persistirem por mais de 3 meses após o início da doença, a fase crônica é considerada instalada.

O Zika vírus é um flavivírus transmitido pela picada de uma fêmea infectada do mosquito Aedes aegypti, mosquito de habitat urbano, tornando a doença um problema de saúde pública. Embora a maioria das infecções pelo vírus Zika sejam caracterizadas por doenças subclínicas ou leves semelhantes à influenza, manifestações graves foram descritas, incluindo a síndrome de Guillain-Barré em adultos e microcefalia em bebês nascidos de mães infectadas.

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