O senador Flávio Bolsonaro contratou o advogado Rodrigo Roc para substituir o criminoso Frederick Wassef na noite de domingo (21). Amigo do presidente Jair Bolsonar, Wassef é dono do escritório onde Fabrício Queiroz foi preso na manhã desta quinta-feira (18) na cidade de Atibaia (SP).
Segundo a polícia, Wassef recebe Queiroz há mais de um ano. O criminalista nega que adotou Queiroz, até negou qualquer contato com ele, mas não explica como o ex-assistente de Flávio chegou à fazenda.
Roca, por sua vez, foi advogado de Sérgio Cabral Filho até 2018, quando o ex-governador decidiu se pronunciar, contrariando sua estratégia de defesa.
Apesar dos rumores de que ele deixou a defesa de Flávio por causa da decisão do presidente Jair Bolsonar, tanto o advogado quanto o cliente apóiam publicamente a versão de que foi a decisão de Wassef.
“Não posso me permitir prejudicar o presidente. Deixo a defesa para proteger os interesses de Flávio”, afirmou Wassef.
Querendo evitar qualquer constrangimento com o ex-advogado, o senador nas mídias sociais lamentou a saída de Wassef, mesmo dizendo que defendia sua continuação no caso. Na publicação, Flávio diz que a lealdade e competência de Wassef são insubstituíveis, mas que um oponente de sua vontade desistiu do caso.
O gesto do senador é uma tentativa de evitar constrangimentos com Wassef, especialmente depois que a advogada Karina Kufa postou uma nota alegando ser o representante legal do presidente.
No domingo à noite, Wassef novamente negou qualquer contato com Queiroz, sem explicar por que ele estava em seu escritório.