Oi fecha acordo e vai pagar metade de sua dívida milionária com o Estado brasileiro – Telecomunicações

A Oi, maior operadora brasileira de telefonia fixa, em recuperação judicial, fechou acordo com o Estado para quitar metade de sua dívida, que totaliza R $ 14,3 bilhões (2,24 bilhões de euros).

Trata-se do maior acordo desse tipo formalizado pela Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) e pelo Ministério Público, segundo nota divulgada sexta-feira pela Procuradoria Geral da República (AGU), órgão que defende o Executivo em ações judiciais.

Nos termos do acordo, a Oi vai pagar 7,2 bilhões de reais (1,13 bilhão de euros), metade do total da dívida com o Estado devido a 198 multas impostas pela Anatel.

A outra metade da dívida da empresa não será paga para o processo de recuperação judicial realizado pela Oi, uma vez que parte dessas obrigações já foram consideradas irrecuperáveis.

A atual legislação brasileira permite que grandes empresas que estão em processo de reestruturação quitem suas dívidas com descontos que podem chegar a 50%, além de prazos de pagamento que podem se estender por até sete anos.

De acordo com o comunicado divulgado pela AGU, o acordo encerra cerca de 1.700 ações judiciais movidas contra a operadora.

A Oi, maior operadora de telefonia fixa brasileira e a terceira em telefonia móvel do país, acumulou perdas de 12,3 bilhões de reais (1,9 bilhão de euros) nos primeiros nove meses do ano, 80,9% superior ao registrado no mesmo período de 2019, segundo balanço divulgado pela empresa.

Os bônus da empresa até o final de setembro somavam R $ 26,9 bilhões (4,21 bilhões de euros), 50,3% a mais do que os registrados na comparação anual.

O plano de reestruturação aprovado visa que a empresa mantenha apenas as suas operações de banda longa e fixa, pelo que prevê a venda de vários ativos da operadora, incluindo a unidade de telefonia móvel, cujo leilão está previsto para meados de dezembro.

Um consórcio formado pelas subsidiárias no Brasil da espanhola Telefónica, que opera no país sob a marca Vivo, a mexicana América Móvil (Claro) e Telecom Italia (TIM), tem a preferência de adquirir as operações móveis da Oi em leilão, o que elas pretendo dividir e distribuir.

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