Quase isoladas no mapa, 67 cidades do Brasil ficaram sem navio-19

Sessenta e sete pequenos municípios distribuídos no interior do país ainda estão imunes à chegada de um novo coronavírus, Com exceção do Norte, todas as regiões do estado ainda não possuem municípios 19. Via de regra, são cidades pequenas e quase isoladas geograficamente.

Twitter conversou com autoridades de saúde em três desses municípios para descobrir o que eles atribuem ao sucesso do controle da pandemia.

Em Ribeirão Corrente, uma das duas cidades de São Paulo, o caso do covid-19 ainda não foi relatado, a loja funciona com barreira física na entrada e pontos de acesso por álcool gel. “Tem um certo fiscal que fiscaliza e respeita a portaria municipal. Grande parte dos lojistas é do ramo de alimentos, das feiras, dos supermercados. Nossa loja é muito pequena, mas está tudo aberto”, diz Etiene Siquitelli Silva, secretária municipal de saúde.

No início da pandemia, Silva afirma que a prefeitura tem agido com panfletos e ainda trabalha para veicular informações nas redes sociais. “Talvez a população mereça mais crédito. As pessoas fizeram a sua parte, preencheram o isolamento social e hoje estão se cuidando”, afirma.

Prova disso, diz ele, é que parte da população viaja diariamente para trabalhar na França (SP), que tem uma série de infecções, e nenhum caso de importação foi registrado. “Eles permanecem imunes porque seguem rigorosamente o uso de máscaras e álcool gel”, garante, lembrando que todos os profissionais de saúde foram testados.

Além disso, Silva admite que a tranquilidade da cidade também foi fundamental. “E a nossa localização geográfica deve ajudar um pouco porque a cidade não tem uma estrada com grande capacidade”, diz ele.

“Entrevistamos todos os trabalhadores da saúde, da prefeitura, do conselho de tutores e agora estamos agendando um exame em idosos com comorbidades para o mês de agosto”, diz.

Em João Dias, no semi-árido do Rio Grande do Norte, também não há rodovias de grande fluxo que passam pelo município, sendo a cidade a única do estado que não registra casos de kovida-19.

Para garantir a segurança sanitária, barreiras interligadas à rodovia que faz divisa com o vizinho Paraíba foram instaladas na entrada da cidade.

“Desde o início da pandemia, a vigilância sanitária e as equipes de saúde montaram barreiras, distribuíram máscaras para toda a população e orientaram sobre medidas de higiene preventiva nas lojas. Para ajudar no nosso trabalho, compramos termômetros infravermelhos, máquina de desinfecção de ruas, além de aumentar a compra de EPIs. [equipamentos de proteção individual] distribuído a profissionais ”, afirma a secretária Elisabeth Sousa.

No Centro-Oeste, Novo Planalto (GO) também é uma das poucas cidades com casos registrados até agora. “Seguimos a portaria estadual desde o início, que foi fundamental para o sucesso das ações. Aglomerações não são permitidas no município; monitores de vigilância epidemiológica e sanitária negociam com a Polícia Militar diariamente. O uso de máscaras é obrigatório e fundamental”, disse o secretário municipal de saúde Alana. Prado Avelar.

Agora, diz ele, o fato de o número de casos no interior de Goiás estar crescendo é preocupante. “Estamos cercados em quatro cidades com casos já registrados. Atualmente temos 18 pessoas sob vigilância, mas nenhuma apresentou sintomas até agora”, confirma.

Segundo Paolo Nadanovski, professor do Instituto de Medicina Social do Departamento de Epidemiologia da UERJ (Universidade do Estado do Rio de Janeiro) e pesquisador do Departamento de Epidemiologia da Escola Nacional de Saúde Pública da Fiocruz (Fundação Oswaldo Cruz), medida mais adequada para qualquer município que não tem casos deve forçar todas as pessoas que chegarem à quarentena de 15 dias.

Para ele, ações como distribuição de máscaras, álcool gel e medições de temperatura não garantem que a cidade se proteja do vírus. “Longe disso. A verdadeira resposta é: são cidades com um pequeno afluxo de pessoas de fora. E seus moradores não têm permissão para sair e voltar com frequência”, explica.

Uma das preocupações que essas cidades devem ter é que, à medida que os estados renovam os serviços e restabelecem o transporte intermunicipal, a doença chega em um momento diferente e pode contaminar os moradores.

“Isso é ainda mais preocupante porque as cidades brasileiras estão relaxando o isolamento e o fechamento, permitindo a mobilidade, abrindo lojas, escolas etc., em um momento em que a transmissão do vírus claramente não era contida, como as cidades do Rio de Janeiro e São Paulo “Pior ainda, tudo sem um sistema forte de rastreamento de pessoas infectadas e seus contatos”, ressalta. Nadanovsky.

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