Veja quais marcas podem sofrer mais com mudanças de impostos em híbridos – Automotivo

A redução dos “descontos” fiscais e os critérios mais restritivos de acesso aos benefícios fiscais na aquisição de veículos híbridos e híbridos plug-in aprovados no Orçamento do Estado para 2022 (OE2021) foram mal recebidos pelo setor automóvel.

As associações do sector ACAP e ARAN contestam as medidas, que resultam de propostas do PAN e aprovadas com os votos do PS e BE, e alertam para o “forte impacto” num sector que já se encontra em forte crise.

Na área de Negócios, o secretário-geral da ACAP frisou que os híbridos plug-in são o único segmento com crescimento robusto em um ano de forte queda no mercado automotivo e classificou as medidas como um “golpe severo”. A ACAP chega a dizer que o mercado de híbridos em Portugal pode “desaparecer”.

Algumas montadoras – onde os híbridos têm peso expressivo nas vendas no mercado nacional – também criticaram as mudanças. Entre as marcas que já manifestaram seu desagrado estão BMW, Honda e Hyundai.

Nos primeiros 10 meses do ano – período em que o mercado de automóveis de passageiros caiu 37,1% – o segmento de híbridos plug-in subiu 97,6%. Os híbridos convencionais aumentaram 12%. Os plug-ins totalizam 8.315 veículos, enquanto os híbridos convencionais somam 8.602.

Em conjunto, os híbridos convencionais e plug-in representam 14,2% do mercado português de automóveis de passageiros nos primeiros 10 meses do ano.

Marcas japonesas com maior peso de híbridos
Os dados até outubro revelam que os fabricantes japoneses são os que mais pesam os veículos híbridos no negócio em Portugal.

No topo está a Lexus, marca premium do grupo Toyota, onde todos os 267 carros vendidos são híbridos convencionais.

As também japonesas Suzuki, Toyota e Mazda veem peso de híbridos acima de 60%, com a Toyota se destacando pelo volume de híbridos vendidos: 3.379, o que corresponde a um quinto dos híbridos – convencionais e plug-in – vendidos até outubro.

Entre as marcas com maior volume de vendas, Mercedes-Benz e BMW são as mais afetadas. A Mercedes, terceira marca mais vendida no país, tem 21,6% das vendas destinadas a veículos híbridos.

E no compatriota BMW o peso dos híbridos é ainda maior: 29,1%.

Outras marcas mais afetadas pelas mudanças tributárias são Volvo, Porsche e DS, com participações de híbridos em suas vendas perto de 50%.

Leave a Comment

O seu endereço de email não será publicado. Campos obrigatórios marcados com *

Scroll to Top