A iniciativa garante o acesso ao aborto legal, que ameaça em uma pandemia – 06. 05. 2020

Márcia * vítima de violência sexual, tem direito ao aborto legal no Brasil. Ele quer exercer esse direito. No entanto, nos encontramos em um período de isolamento social e Márcia vive em Roraima, um estado que ela isolou isolamento Venezuela e Amazônia e onde não há recepção para mulheres como ela. “Só sabemos uma coisa: que não queremos, que não podemos. E o resto é tudo medo”, disse ele em um testemunho comovente publicado no perfil da iniciativa. Milhas para a vida de uma mulher.

Desde o início das medidas de isolamento, essa iniciativa já ajudou 21 mulheres como Márcia a acessar o serviço ao qual têm direito quando viajam pelo Brasil. Uma parte significativa da operação, que forneceu 42 mulheres com abortos legais e seguros este ano, 18 das quais foram transportadas para países como Argentina, Colômbia e México por não atenderem aos critérios de legalidade brasileiros. A Miles tem uma rede de voluntários e campanhas de doação para isso, vendendo obras doadas por artistas e criativos, além de programa de cooperação mensal e receba doações em milhas aéreas. Em breve, será criada uma espécie de boutique on-line, na qual a venda de itens de viagem se transformará em receita.

“A demanda aumentou e o relatório de mulheres tentando comprar pílulas e caindo em fraudes aumentou”, diz Juliana Reis, fundadora da Milhas, sobre o período atual.

A raiva das mulheres que desejam interromper uma gravidez no Brasil é grande e essa situação, já precária, foi seriamente exacerbada pela pandemia. Uma pesquisa realizada pela revista AzMina aponta que apenas 55% dos hospitais autorizados a abortar legalmente no Brasil realizam procedimentos durante esse período. Para piorar a situação, o ministro interino da Saúde, Eduardo Pazuello, divulgou os oficiais que prepararam a nota técnica recomendando a continuidade durante a pandemia dos serviços de saúde que garantir acesso a métodos contraceptivos de emergência e aborto legalmente permitido.

“É importante fazer justiça ao trabalho de muitas pessoas, muito profissionais e ativistas da equipe médica e das disciplinas de saúde da mulher, que às vezes trabalham duro para garantir essa abordagem às mulheres. É importante relatar quando não funciona, mas também é crucial e serviços que funcionam mesmo durante uma pandemia ”, diz Juliana. “Atribuo grande valor às surpresas positivas dos incríveis serviços que geralmente ocorrem fora das capitais e centros urbanos e que possuem as equipes, equipamentos e protocolo de serviço da Nota 10.”

Ela comenta que, em uma das capitais mencionadas no artigo, com serviços inativos, o grupo pôde participar. Mas logo você se depara com um paradoxo: fazer uma correção e reconhecer uma boa ação ou preservar profissionais? “Isso é complicado, porque não queremos chamar a atenção para um serviço que funcione bem e traga hordas de energia insignificante para conectar a operação”, disse ele.

O primeiro serviço do projeto ocorreu em setembro do ano passado. Depois de ver o público da iniciativa, Ruth * entrou em contato e embarcou no avião pela primeira vez. Negra, moradora da zona oeste do Rio de Janeiro, mãe de três filhos, trabalha em um jardim de infância e a única provedora da família – seu parceiro está desempregado há 9 anos, encontrou-se grávida em um aconselhamento sobre acomodação no DIU. Esta gravidez não iria adiante e Ruth poderia ser bem-vinda e comparecer com respeito e certeza. Uma alternativa seria estatística.

O aborto no Brasil é ilegal nos casos em que a escolha é da mulher, mas é permitido quando a gravidez ameaça a vida da mãe, em que o feto é resultado de violência sexual ou anencefalia. Esta é a única malformação que os legisladores optaram por permitir o aborto, e as mulheres não podem escolher mesmo em outros casos de gravidez insuportável. Embora as alternativas legais não respeitem o argumento de preservação absoluta da vida, as mulheres grávidas são proibidas de decidir sobre a gravidez.

É por isso que os nomes foram inventados.

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