A decisão, uma medida de precaução que pode ser revisada, foi tomada depois que a revista científica britânica The Lancet publicou um estudo na última quinta-feira, indicando taxas de mortalidade mais altas em pacientes tratados com hidroxicloroquina, comumente usada contra a malária.
Esta medida não se aplica, em princípio, à cloroquina (da qual a hidroxicloroquina é derivada), que também está incluída nos ensaios clínicos da OMS.
“Depois de ler a publicação, decidimos, em meio a dúvidas, ser cautelosos e suspender temporariamente a adesão a este medicamento”, explicou a cientista-chefe da OMS, Soumya Swaminathan.
Após a interrupção dos testes, a OMS continuará a coletar dados para validar o estudo da revista e revisará a decisão em futuras reuniões com representantes médicos de países que realizam testes patrocinados pela organização no âmbito do Programa de Estudos Solidários.
Mais de 400 hospitais em 35 países estão participando do teste de solidariedade, no qual 3.500 pacientes foram recrutados.
Outros ensaios clínicos patrocinados pela OMS em pacientes incluem o remdesivir antiviral (comumente usado contra o Ebola), a combinação de lopinavir e ritonavir (comumente usado para pessoas vivendo com HIV) e o interferon beta, um tratamento comum para esclerose múltipla.