A polícia está investigando se o titular do galpão em que o policial Adriano Fernandes de Campos, 41 anos, esteve envolvido na morte do adolescente Guilherme Silva Guedes, 15, que ocorreu no domingo (14). O jovem foi abordado por dois homens armados, quando ela estava em frente à casa da avó, na polícia americana (zona sul da capital São Paulo) e levado em um carro prateado. O corpo do jovem foi encontrado horas depois, na fronteira entre o sul de São Paulo e Diadem (ABC).
Segundo a polícia, Guilherme foi confundido com um suspeito que invadiu um galpão quando o local foi escoltado por um carregador e um suposto primeiro ministro, que foi mordido como guarda de segurança.
Nesta manhã (19), a polícia realizou um mandado de busca e apreensão na casa do goleiro. Segundo o chefe de polícia Fábi Pinheir, diretor do DHPP, ele não estava na residência quando os investigadores chegaram ao local. “Realizamos um mandado de busca na porta da casa. Ele desapareceu. Ele agora é considerado um fugitivo para nós”, disse o deputado. Pinheiro disse que pediria ao detentor que prendesse a justiça.
A Divisão de Homicídios da Polícia Civil também cumpriu outras ordens de busca e apreensão na sexta-feira. Endereços, incluindo operadoras, não foram divulgados.
A polícia ainda está tentando, segundo o deputado, identificar outro suspeito que apareça nas fotos, tiradas por câmeras de vigilância, da entrada do beco ao lado da casa da avó de Gulherme. O vídeo mostra o sargento Adriano Fernandes de Campos, 41, e outro homem no lugar do jovem desaparecido. Existe a possibilidade de um terceiro criminoso estar envolvido no assassinato, disse o oficial de polícia Marcel Jacobucci, da Divisão de Homicídios do DHPP, em comunicado nesta quarta-feira (17).
O sargento foi preso nesta quarta-feira (17) por suspeita de envolvimento no assassinato de um adolescente, e também deve ser acusado de um crime quando convocado para testemunhar no DHPP (Departamento de Homicídios e Proteção Pessoal). Ele alega inocência, afirmam seus advogados.
O carro suspeito será inspecionado
O carro do filho do sargento Campos, um Volkswagen prateado, com placas de São Bernardo do Campo (ABC), também foi preso durante as buscas nesta manhã de sexta-feira.
De acordo com o pedido de prisão do sargento Campos, assinado pelo promotor Luciano André Jordão Dias, do Ministério Público de São Paulo, o carro do filho do policial foi reconhecido pelo sistema da câmera do primeiro-ministro Detect, que estava viajando ao amanhecer em 14 de maio. perto do local onde o Guilherme desapareceu.
O chefe Fábio Pinheiro disse que o filho do sargento não é considerado suspeito no crime. “Pai [sargento] ele usou o carro em nome de seu filho. Acreditamos que o veículo foi usado no crime ”, afirmou.
Embora ele não suspeitasse, o filho do primeiro ministro será interrogado em depoimento para esclarecer se o pai usou seu veículo.
Outro suspeito
Outro policial militar, um soldado chamado Paulo, também está sendo investigado pela morte do garoto. Um cartão da PM chamado Paulo foi encontrado na cena do crime. “As investigações estão em andamento. Há fortes indícios do envolvimento do primeiro-ministro neste caso”, disse o delegado Marcelo Jacobucci, do Setor de Homicídios do DHPP. Segundo ele, a investigação já chegou a outro autor do crime, mas atualmente eles não gostam de revelar sua identidade.
Segundo Jacobucci, há evidências materiais contra o primeiro-ministro. “Existem imagens de câmera e exames de especialistas. Dois autores são visíveis no vídeo. Estamos trabalhando com a hipótese de um terceiro autor. Essa é a direção da investigação que estamos seguindo”, afirmou ele nesta quarta-feira (17).
O deputado também confirmou que ele tinha traços de um rifle no corpo do adolescente em um braço, indicando que Guilherme tentou se defender quando foi baleado.
A morte do garoto provocou dois dias de protestos em Americanópolis, ônibus incendiados e esmagados, uma loja roubada.
Vídeos foram publicados nas mídias sociais com imagens da polícia militar atacando moradores de Villa Clare, localizada na região. Segundo as pessoas que moram no bairro, as fotos foram tiradas na noite de segunda-feira, após a primeira onda de protestos.
responda
Questionada sobre a prisão do sargento, a Polícia Militar não respondeu até a publicação deste relatório. O policial está detido na prisão militar de Romão Gomes.
Na terça-feira (16), o primeiro-ministro disse que já havia iniciado uma investigação policial militar para identificar policiais que apareciam em vídeos contendo ataques a moradores.
A Secretaria de Segurança Pública, administrada por João Doria (PSDB), disse que as circunstâncias da morte de Guilherma Silva Guedes estavam sendo investigadas pelo DHPP (Departamento de Homicídios e Proteção Pessoal) e pelo Departamento do Interior do Primeiro Ministro.
O caso Guilherme – uma cronologia criminal
Sábado (13)
- Guilherme Silva Guedes, 15, vai fazer um churrasco na casa de um parente, na região de Americanópolis (zona sul), onde fica até o início do dia seguinte.
Domingo (14)
- Por volta de 1h50, o garoto foi abortado por dois homens armados em frente à casa da mãe de sua avó, onde morava. Ele teria sido confundido com uma pessoa que invadiu um galpão próximo, segundo a polícia, e entrou em um carro escuro.
- Parentes e amigos começam a busca, mesmo durante a noite
- A polícia encontrou o corpo por volta das 9h30 da manhã, perto da terra, na fronteira entre Diadem (ABC) e sul de São Paulo
- A mãe de Guilherme registra um boletim de ocorrência por volta das 19h, acreditando que seu filho foi seqüestrado
Segunda-feira (15)
- Os familiares reconhecem o corpo de um adolescente, por volta das 8 horas da manhã, no Instituto Médico Legal no sul de São Paulo
- À noite, ônibus são incendiados para protestar contra a morte de um adolescente. O ato começou, silenciosamente, por volta das 16h. A polícia militar está respondendo aos manifestantes
- A agressão do primeiro-ministro, supostamente contra os moradores após o protesto, foi gravada em vídeo
Terça-feira (16)
- O corpo de Guilherme foi enterrado por volta das 11 horas no cemitério de Embu das Artes (Grande SP)
- Os moradores estão realizando um segundo dia de protestos no final da tarde, que termina com partidas e comércio atacadista, disse a polícia
Quarta-feira (17)
- O primeiro-ministro sargento Fernandes de Campos, 41 anos, foi preso por suspeita de envolvimento no crime. Ele seria o dono de uma empresa que garantisse a segurança do celeiro
- No mesmo dia, depois de se calar em seu testemunho, foi enviado à prisão militar de Romão Gomes
- A polícia está investigando o envolvimento de outro policial militar, porque um cartão de um soldado chamado Paulo foi encontrado na cena do crime
Quinta-feira (18)
- A polícia civil diz que “não há dúvida” sobre o envolvimento do sargento na morte de Guedes
- Os réus dizem que o sargento nega o crime
Sexta-feira (19)
- A polícia está cumprindo ordens de busca e apreensão
- Porter foi apontado como suspeito no crime
- O carro do filho do membro foi aceito
fontes: Polícia civil, promotor público de SP e relatório