O ator pornô Ignacio Jordá González, mais conhecido como Nacho Vidal, foi preso na Espanha em uma investigação sobre a morte do fotógrafo. Nacho e José Luis Abad teriam participado de uma cerimônia mística em Enguera em julho de 2019, que consistia em inalar a fumaça do veneno de sapos, de acordo com o El Pais.
Nacho, 46, foi preso na semana passada e negou as acusações: “É tudo mentira”, disse ele, segundo a ABC.
Abad morreu na casa de um ator pornô depois de engolir uma substância alucinógena. É alegadamente usado para fins recreativos e como um auxílio na luta contra o vício.
Nacho foi preso junto com duas outras pessoas: seu primo e assistente. Eles estão sob investigação pelo assassinato e, na sexta-feira, tiveram liberdade temporária para responder ao caso.
Em comunicado à ABC, Nacho disse que era considerado normal que uma investigação fosse realizada “devido à morte de uma pessoa em minha casa”.
“Mas que isso se torne notícia baixa, usando fotos da Guarda Civil e com mentiras, não. Não permitirei que isso se transforme em circo. Por trás disso a família sofre”, disse o ator.
Substância alucinógena
O advogado do ator pornô Daniel Salvador disse que “a morte infeliz foi acidental”. Ele negou que Nacho organizasse um ritual xamânico com o sapo Bufo alvarius.
O anfíbio também é conhecido como o sapo do deserto de Sonora e é encontrado no México e nos Estados Unidos. Sua toxina contém 5-MeO-DMT, um forte psicodélico, conhecido por seu uso em vários tipos de rituais.
“Acreditamos plenamente em sua inocência, mas é normal que uma investigação esteja sendo conduzida contra ele. Ele está bem agora, não tinha o passaporte sob custódia e não precisará se apresentar novamente antes de ser julgado.”
Segundo o advogado, José já havia experimentado substâncias alucinógenas e “queria fazê-lo novamente em um ambiente em que se sentisse confortável”.
investigação
A investigação começou depois que José morreu no que parecia ser um ataque cardíaco.
A Guarda Civil Espanhola disse que “ao concluir uma investigação de 11 meses, é possível verificar a existência de crimes de assassinato por imprudência e crimes contra a saúde pública, supostamente cometidos por quem organizou e conduziu o rito”.
Ele gravava esse ritual no celular de um fotógrafo, que se tornou uma das principais evidências do caso.