Oito em cada dez empregos criados em Portugal são precários (com áudio) – O Jornal Económico

Nunca houve tantos empregos em Portugal. No entanto, até meados deste ano, oito em cada dez novos trabalhadores contratados são precários.

Ou seja, dos 384,9 mil contratos assinados entre empregador e trabalhador neste período, mais de 293 mil são “contratos a termo” ou “contratos de prestação de serviços”, segundo dados do Instituto Nacional de Estatística (INE) divulgados esta segunda-feira na rádio “Renascimento“.

Ainda de acordo com os mesmos dados, cerca de 200 mil destes postos de trabalho – mais de metade do total de colaboradores admitidos no primeiro semestre – pagam menos de 900 euros mensais.

Além disso, cerca de 10% destes trabalhadores ganharão menos de 600 euros. Em outras palavras, eles ganharão abaixo do salário mínimo nacional.

Estes números surgem numa altura em que há muito não havia tantas pessoas empregadas em Portugal. Em julho, havia quase quatro milhões de 843.000 pessoas. Não houve um valor tão alto por 23 anos. No primeiro semestre de 2022, a economia gerou 423,6 mil novos empregos (destes quase 39 mil são por conta própria). A maior parte das novas contratações foi obtida por trabalhadores de até 34 anos, com a região Norte liderando a geração de empregos (quase 150 mil vagas no período).

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